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Liderança gentil e humanizada está longe de ser apenas ‘boazinha ou bonzinho’

Ao participar do SAS Women Empowerment Day, Carolina Nucci ressaltou que a falta de gentileza impacta o negócio e quebra a confiança e reduzindo a produtividade.

Por Roberta Prescott*

Não se trata de ser boazinha ou bonzinho, alertou Carolina Nucci, keynote speaker no SAS Women Empowerment Day. “Ser gentil une atenção e empatia, em exercício de compreender uma perspectiva que não é a nossa; é a conexão que criamos quando equilibramos as necessidade das pessoas”, apontou a palestrante e sócia do Marketing de Gentileza, ao fechar o evento realizado em São Paulo na última terça-feira, 18/3.

Nucci explicou que a falta de gentileza é espalhada por um ciclo vicioso, que impacta o negócio e quebra a confiança, sendo marcado por controle, processos e burocracia, o que leva à perda de talentos, da inovação e da competitividade. Esse ciclo tem impacto direto em indicadores de saúde do negócio, aumentando turnover e afastamentos.

“Liderança gentil não é o padrão e isso é problema para os negócios”, destacou, apontando gráficos que indicam que apenas 10% das CEOs das Fortune 500 são mulheres e estudos que mostram que empresas que têm mais mulheres na liderança performam melhor.

Em sua explicação, a liderança gentil é uma liderança que conecta, que olha para curiosidade, que fomenta a parceria, que é mais autêntica que conformista e que aprende. “É preciso ter muita humildade para isso e, por isso, é uma liderança que tem mais confiança que controle. Liderança que julga é liderança que não quer ver”, disse.


Mas como implantar isso? Carolina Nucci alertou que começa com as pessoas sendo gentis com elas mesmas, pois não tem como reverberar para fora o que não se tem dentro; é estar conectado com o que se acredita. Indo além, os líderes precisam entender que devem agir de formas diferentes para cada liderado.

“Nosso jeito de liderar parte de como conhecemos o outro. A gente precisa de empatia — e que desgraça que empatia caiu na hype! E, quando está tudo bem, ser empático é fácil, mas quando o pau está comendo…”, explicou. “A coisa mais difícil da empatia é ser generoso”, completou. Um caminho é o da curiosidade e de questionar antes de assumir algo como verdadeiro. Isso passa por buscar entender os porquês, conversar com as pessoas, dar uma nova chance e buscar uma nova maneira de fazer para aprender junto.

“Liderança humanizada não é boazinha; é pegar a minha essência e eu me adepto para o meu time, para cada pessoa, para os diferentes perfis. Uma conexão com propósito move montanhas. Vamos olhar para o que nos conecta e a conexão surge de uma jornada, de criar uma conexão duradoura com o time. E a confiança não se conquista do dia para a noite; ela depende de três fatores: capacidade, consistência e honestidade. ”, finalizou.

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