
Diante de um mercado de tecnologia da informação que exige cada vez mais conhecimento técnico de jovens profissionais em início de carreira, como apontou a pesquisa patrocinada pela Brasscom e pela Fundação Telefônica Vivo, o mercado precisa pensar junto como ajustar demandas e capacitações.
“Temos que olhar para isso com intencionalidade, sobre como estamos conversando com quem está formando para que essas competências sejam trabalhadas, mas também como as empresas calibram suas réguas de entrada. Tem provocação para todos os atores”, afirmou a diretora de parcerias e projetos em educação da Brasscom, Roberta Piozzi, durante o TecFórum Educação e Emprego, realizado em São Paulo, em 27 de agosto.
Segundo a pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva e apresentada durante o evento, computação em nuvem é prioridade para 94% dos recrutadores, seguida por formação técnica em tecnologia (88%), segurança cibernética (80%) e inteligência artificial (80%). Outras competências valorizadas incluem certificações específicas (78%), infraestrutura de TI (78%), proficiência em inglês (76%) e até habilidades mais tradicionais, como domínio do pacote Office (72%) e automação e desenvolvimento (68%).
“A pesquisa mostra qual é o nível de exigência técnica que o mercado está pedindo para quem está entrando, especialmente para a juventude”, destacou a diretora da Brasscom. Para ela, colocar os jovens no centro do debate é essencial para entender as barreiras de acesso às oportunidades e ajustar as expectativas entre empresas, academia e governo.
O fórum reuniu representantes de organizações sociais, academia, governo, empresas e jovens, em um esforço coletivo para alinhar a formação profissional às rápidas mudanças do setor. “Estamos em um momento de muita disrupção. É preciso pensar no coletivo e trabalhar em conjunto. A Brasscom está buscando trazer todo mundo para essa conversa”, concluiu Roberta.