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Michael Dell: “Não há homens ou máquinas. Os dois só sobrevivem juntos”

“Não subestimem o poder da Tecnologia, ela segue crescendo e será um mercado de US$ 8 trilhões porque ela está no centro de tudo”, afirmou o CEO e Chairman da Dell, Michael Dell, no Dell Technologies World 2018, que acontece em Lãs Vegas. Para Dell, o software é o rei e o será nas próximas décadas no novo momento da Tecnologia da Informação, mas não há como funcionar sem uma infraestrutura robusta capaz de permitir que os dados se transformem em informação para as companhias.

Na sessão Keynote do evento, Michael Dell enfatizou o papel relevante da Tecnologia de impulsionar o progresso humano e citou, claro, a inteligência artificial. Para o chairman, não há mais espaço para se falar sobre homens ou máquinas.  Mas, sim, é necessário falar de seres humanos e máquinas. “Não há de ter uma disputa. Há de se ter uma parceria entre os dois. Um não sobreviverá sem o outro. A Tecnologia deve ser usada para o bem, para resolver os nossos maiores desafios”, pontuou.

Dell admitiu que Inteligência Artificial é um desafio para as empresas de TI, mas mandou um recado: se as startups são disruptivas, as ‘incumbents’, ou as empresas tradicionais não ficaram paradas. Elas reagiram e estão também se transformando. “Como qualquer empresa, temos de nos transformar e estamos fazendo”.

Ainda sobre o impacto da inteligência artificial, Michael Dell descreveu a IA como um foguete, mas que sem os dados, que são o combustível, nunca será lançado. “As cidades inteligentes, por exemplo, vão produzir milhões de novos dados. São esses dados que vão alimentar o ‘foguete’ da Inteligência Artificial. Os dados são o combustível dessa mudança e precisam ser tratados, coletados e armazenados para se transformarem em informação relevante para o negócio”.

No keynote, Michael Dell apresentou uma pesquisa, feita pelo Institute of Future, sobre o mundo em 2030. O levantamento, que ouviu 3800 empresários, mostra que o tema é bastante polêmico entre os empresários. Se 50% deles dizem que que sistemas automatizados vão liberar o tempo de trabalho, outros 50% reagem mal a ideia e sustentam que a automatização não vai mudar o modelo de negócio. Mas o estudo aponta ainda que 82% dos líderes pesquisados esperam que humanos e máquinas funcionem como equipes integradas em suas organizações dentro de cinco anos.


Ana Paula Lobo viajou a Las Vegas a convite da Dell Brasil

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