Rappi usa analytics para vender dados a clientes
"Não compartilhamos nenhum dado de clientes de forma desagregada. Tudo que for compartilhado é de forma agregada", afirmou Ana Szasz, diretora de Data&Insights Monetization do Rappi Global.

A monetização dos dados é sempre uma questão colocada pelas empresas quando se trata de análise de big data e temas correlatos. Ao dar uma palestra falando sobre a revolução dos superapps no varejo, Ana Szasz, diretora de Data&Insights Monetization do Rappi Global, contou que a empresa tem uma área de monetização de insights e clientes ativos se beneficiando da estratégia.
“Ajudamos os fabricantes em três momentos: antes, quando eles estão se preparando para fazer ações dentro do Rappi; durante, quando eles estão operando com o Rappi e querem ir além no entendimento do negócio; e no depois, após campanhas, após ações em entender com foi a performance, quais os Insights”, contou ao Convergência Digital.
Szasz enfatizou que o Rappi segue todas as regras e protocolos tanto da Lei Geral de Proteção de Dados como PII, dado que é uma empresa que atua além de Brasil. “Não compartilhamos nenhum dado de clientes de forma desagregada. Tudo que for compartilhado é de forma agregada. O mesmo se aplica para os nossos parceiros; compartilhamos Insights e completamos com pesquisa aos usuários, mas não compartilhamos dados abertos deles”, ressaltou.
Superapps
Segundo a executiva, os superapps estão ganhando protagonismo, porque já possuem conexão e embasamento para trabalhar em um contexto online e offline. “Tem um mercado consumidor e os investidores estão tentando entender mais disso. Até porque o varejo passa por esta última milha”, disse.
Um superapp pode ser entendido como um centro comercial projetado dentro de uma plataforma. “O Rappi é um facilitador de negócios; ele não existe sozinho. Para ele existir precisa de usuários, parceiros comerciais e entregadores”, disse.
Atualmente, Rappi está presente em cerca de cem cidades de nove países da América Latina — há 50 cidades na lista para serem atendidas pelo aplicativo. São cerca de 10 milhões de usuários ativos mensais, 300 mil entregadores conectados à plataforma em toda a região e 80 mil comerciantes registrados.
“A mágica do superapp é a combinação de várias verticais. Acompanho mais a jornada do dia a dia das pessoas e começo a entender tendências e comportamentos; entendo 0 consumidor para trabalhar melhor”, acrescentou a executiva.
Neste sentido, o Rappi usa analytics para encontrar padrões que vão ajudá-lo na tomada de decisão. “Pegamos muitas ideias disso e hoje estamos compartilhando estas informações com fabricantes que queiram comprá-las.