Mercado

Reduzir imposto acabado em TICs reduz espaço do software no Brasil

A indústria eletroeletrônica é a mais afetada pela decisão do governo – se de fato vier a ser tomada- de reduzir a alíquota de imposto de importação de 14% para 4% dos produtos acabados, mesmo com esses equipamentos sendo fabricados localmente. “A indústria de PCs e smartphones é uma das mais afetadas e isso traz, sim, um risco à Inovação”, admitiu o superintendente de Negócios, Tecnologia e Inovação da Fundação CERTI, de Santa Catarina.

Para o executivo, a retirada dos incentivos tem de ser muito pensada. “Não há hardware sem software e a produção local exige investimentos em pesquisa e desenvolvimento”, observou. A Fundação CERTI, por exemplo, produz hardware e software, em parceria com empresas.

“Neste momento, por exemplo, estamos fazendo inteligência artificial para ser usada em drones no agronegócio. Os drones são de uma empresa local de Santa Catarina e o pedido da solução veio da BASF. Esse é um caminho de pesquisa integrada onde há o benefício dos incentivos fiscais. Temos de manter esse processo para que o Brasil alcance competitividade global”, revela.

Um dos projetos mais importantes atualmente na Fundação CERTI na área de TICs é voltado para Internet das Coisas. Um hardware local foi desenvolvido e hoje funciona em Wi-Fi, mas está sendo preparado para rodar 5G. “Internet das Coisas vai mudar a oferta de serviços no Brasil e no mundo. O 5G permite milhares de objetos conectados. Temos um parque de aplicações para descobrir”, completou Laércio Silva.


Botão Voltar ao topo