Reforma Tributária: Mais de 60% das empresas ainda estão longe da adequação
Pesquisa mostra que 66% dos entrevistados consideram os ajustes em documentos fiscais eletrônicos relevantes, mas os classificam como 'difíceis'.

Uma pesquisa exclusiva, realizada com profissionais de departamentos tributários corporativos entre julho e agosto de 2025, pela Thomson Reuters, revela um dado assustador: 63% das empresas permanecem em estágios iniciais ou de planejamento. Apenas 35% já avançaram para a fase de adaptação. O piloto da reforma tributária começa no dia 01 de janeiro de 2026.
O estudo mostra ainda que 69% dos entrevistados esperam efeitos significativos da reforma tributária em suas empresas nos próximos cinco anos. A publicação da Lei Complementar 214 em janeiro de 2025 foi um dos principais impulsionadores da mudança da normatização para a realidade, acelerando a preparação das organizações. A estratégia empresarial e os resultados advindos da mudança estão na vanguarda das prioridades organizacionais, representando 59% do impacto esperado, demonstrando uma abordagem prática e orientada a resultados.
As substituições do ISS/ICMS pelo IBS e do PIS/COFINS pela CBS representam as mudanças mais significativas esperadas pela reforma, correspondendo a 38% do impacto geral antecipado. Quase 46% do impacto esperado está relacionado à gestão de créditos tributários e incentivos, incluindo a mudança para um regime de caixa e a eliminação dos incentivos do ICMS.
O levantamento mostra que a maioria das organizações está começando a planejar, adaptando-se ativamente ou intensificando suas respostas tecnológicas — tornando as atualizações de sistema a atividade preparatória mais prevalente entre os entrevistados. A introdução dos novos tributos IBS, CBS e IS exige adaptação completa dos sistemas fiscais, com 66% dos entrevistados afirmando considerar os ajustes em documentos fiscais eletrônicos “relevantes, porém difíceis”.