A Samsung descarta planos no curto prazo para a produção de smartphones no Brasil, pois as medidas anunciadas pelo governo Estados Unidos deixam o cenário global tão turbulento que é difícil traçar estratégias.
A maior fabricante de smartphones instalada no país, com duas fábricas e 44% do mercado nacional de aparelhos, diz que “os acontecimentos ainda estão quentes” e que não dá para definir mudanças no ritmo da produção.
“Temos duas fábricas no Brasil, fábricas próprias, uma em Manaus, outra em Campinas. Esses acontecimentos são muito recentes, não há decisão tomada com relação a aumento de produção que seja consequência dos acontecimentos globais acontecendo agora”, diz o vice-presidente da Samsung Brasil, Gustavo Assunção.
“Sobre os impactos desse tabuleiro global que está se alterando, não temos nenhuma expectativa diferente para este ano. A Samsung continua com os mesmos planos. Com as coisas mudando tão rápido, não há espaço para nenhum planejamento mais concreto”, insistiu o executivo nesta quinta, 10/4.
A empresa responde por aproximadamente 32 milhões de celulares por ano no mercado brasileiro. E segundo Assunção, “as duas fábricas estão no Brasil para atender a demanda doméstica”. Tornar o Brasil como um centro de produção para a América Latina esbarra no fornecimento da Àsia, especialmente do Vietnã.