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Trabalhadores da Dataprev aprovam greve contra demissões e privatização

Os trabalhadores da Dataprev decidiram entrar em greve, na capital e em diversas regionais, ao longo dos próximos dias. Em assembleia nesta terça, 21/1, os funcionários da sede, em Brasília, aprovaram a paralisação a partir de 27/1. Rio Grande do Sul, Maranhão e Pará já estão parados. 

Até o fim desta semana Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba e Pernambuco aderem em 23/1, e em seguida os trabalhadores no Piauí e Sergipe, que aprovaram greve a partir de 24/1. Daqui até sexta haverá assembleias sobre o mesmo assunto em Santa Catarina e Espírito Santo (21/1), Rio de Janeiro (23/1), além de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Norte (24/1). 

“Esse movimento é contra as 493 demissões das 20 regionais e contra a privatização da Dataprev, mas também contra a privatização do Serpro, onde também estão sendo marcadas assembleias com o mesmo objetivo”, explica o diretor de divulgação do Sindpd-DF e da Fenadados, Eudes Rodrigues da Silva. 

No início de janeiro a direção da Dataprev anunciou o fechamento de 20 regionais da estatal – Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins – até o fim de fevereiro. E com isso, cerca de 15% dos empregados, os 493 de um total de 3.360, serão demitidos. 

A estatal avisou que vai concentrar as atividades em sete regiões: Ceará, Distrito Federal, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo, onde possui data centers e Unidades de Desenvolvimento. E justificou a decisão pela “queda expressiva de produtividade, devido à baixa demanda local, e passaram a funcionar apenas como núcleos administrativos, fora do escopo para o qual foram originalmente criadas”.


Além das medidas de curto prazo anunciadas, a empresa está na lista de privatizações do governo federal – a decisão do conselho do Programa de Parcerias de Investimentos de incluir a estatal nesse rol foi confirmada em Decreto de Jair Bolsonaro de 16/1. O destino dos dados dos brasileiros, Previdenciários, no caso da Dataprev, e fiscais, no caso do Serpro, também entre as privatizáveis, ainda é incerto e o governo admite que pode transferir a custódia das informações à iniciativa privada. 

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