Unisys se reconstrói e centraliza ações em segurança cibernética
A Unisys se reconstrói para marcar nova presença no mercado brasileiro. O momento é de centralizar as ações em Segurança Cibernética – com forte apoio da nuvem já que há parcerias firmadas com a Microsoft Azzure e com a Amazon Web Services- e de se posicionar como uma provedora de soluções tecnológicas e não mais como uma empresa de mainframe.
“Erramos na comunicação nos últimos anos. Mas também fizemos uma dura lição de casa. Hoje somos lucrativos. Não somos mais uma empresa de US$ 10 bilhões, mas de US$ 2.8 bilhões consolidada”, relatou o CFO da Unisys para a América Latina, Maurício Caetano, durante encontro com a imprensa, em São Paulo.
A reconstrução foi dolorosa, com a saída da empresa de vários ramos de atuação, mas a base fiel de clientes permaneceu. “Ficamos com o nosso suporte e evoluímos os serviços. Na verdade, a nossa meta é chegar a 100% da receita com serviços, hoje, já estamos com 86%”, acrescenta Caetano. Em números a Unisys fechou o terceiro trimestre fiscal de 2017 com um crescimento de 40% para a América Latina, com uma taxa de 95% na renovação dos contratos, que são, em média, acima de cinco anos.
Há dois meses à frente do comando da Unisys Brasil, Eduardo Almeida, comemorou a conquista de clientes como o grupo DPSP (Drogaria Pacheco e Drogaria São Paulo), Nexa Resources e HP Inc. Com relação ao governo, onde a Unisys tem forte presença no Brasil, a fornecedora se coloca como ferramenta para a transformação digital, mas Caetano diz que o modelo de compras precisa mudar.
“O Brasil precisa fazer uma mudança urgente no seu processo de compra de tecnologia. O modelo ainda é muito antigo, valorizando ponto de função. Isso já não é mais o modelo para um governo digital”, completou. Sobre 2018, Caetano revelou preocupação com a possível volta da reoneração da folha de pagamento e da mudança da cobrança no PIS/Cofins.
“Será uma ação desastrosa para o mercado de serviços, onde estamos”. A nova lei trabalhista está sendo avaliada, mas a possibilidade de contratar por demanda, no modelo da jornada intermitente, é vista como muito positiva. “Esse modelo nos favorecerá a atender melhor os clientes que nos pedem plantões de final de semana para migração de sistemas ou de ações especiais”, completou.