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Vale desliga mainframe IBM e prevê economia de R$ 30 milhões em cinco anos

Depois de 35 anos, a Vale disse adeus ao mainframe IBM e adotou plataformas baixas para suportar suas operações de Tecnologia da Informação. A estimativa é que a companhia economize aproximadamente R$ 30 milhões nos próximos cinco anos com a mudança – enquanto o custo do mainframe é de R$ 6 milhões por ano, o das plataformas que o substituirão é de apenas R$ 50 mil.

O desligamento começou a ser preparado no final de 2016, quando duas aplicações importantes – o sistema de gerenciamento de minas e o de gestão das informações dos empregados – foram migradas para novas plataformas, entre elas um módulo do Ecomex, um sistema que já era utilizado pela Vale para informações da área de comércio exterior.

Segundo dados divulgados pela Vale, havia aproximadamente 2 bilhões de registros no mainframe, armazenados em mil tabelas e 20 mil arquivos. Esses dados ocupavam 1 terabyte. Com a migração, o espaço ocupado caiu para 80 gigabytes devido à melhor taxa de compressão das novas plataformas. “O mainframe trouxe grandes benefícios, mas cobra um preço alto. Plataforma baixa nos permite olhar para o mundo cloud, que está no centro dos negócios”, afirma o gerente Global de Aplicações, Anderson Biss, em entrevista exclusiva ao portal Convergência Digital.

O executivo adianta que a TI se transformou em peça-chave na jornada da Vale para a transformação digital. “Nos últimos três anos, com a queda do preço das commodities, as mineradoras passaram a olhar a TI como ferramenta de aumento de produtividade. A tecnologia é a ferramenta para dar mais agilidade e cada vez mais estamos trabalhando em parceria com a área de negócios para estabelecermos o próximo passo. A TI é proativa”, explica Biss.

Na estratégia de TI, a Vale elegeu a Internet das Coisas como prioridade. ” Não se pode falar em transformação digital sem ter IoT, machine learning e Analytics. Temos aplicações importantes sendo feitas no dia a dia, entre elas, pegar os dados de uma locomotiva para saber qual seria a velocidade ótima para agilizar a eficiência energética”, relata o gerente Global de Aplicações da Vale.


Para 2018, a missão da TI será se aprofundar ainda mais na operação diária da companhia. Já há inclusive, um piloto onde acontece a integração da operação com a TI, na mina de carvão, em Moçambique. O montante economizado com o desligamento do mainframe, conta Biss, terá uma parcela reinvestida para a criação de serviços digitais.

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