Mercado

Venda de TVs dispara, mas celulares dominam faturamento de eletrônicos

Duas novas pesquisas, divulgadas por conta da feira anual do segmento, sugerem que o mercado de eletrônicos de consumo caminha para um segundo ano de crescimento nas vendas, com destaque para a comercialização de aparelhos de televisão, puxada pela transição para a TV Digital e pela Copa do Mundo deste 2018.

Segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), a venda de televisores cresceu 30% no primeiro semestre, de longe o ritmo mais forte no setor. Em 2017, ano que o segmento de eletrônicos cresceu 11% como um todo, a venda de TVs no primeiro semestre foi de 5,1 milhões de unidades. Nos primeiros seis meses de 2018, esse número chega a 6,6 milhões.

“Junto ao desejo do brasileiro de assistir à Copa em altíssima resolução, estava formado o ambiente necessário para o crescimento do setor que também tem a expectativa de elevação nas vendas com a mudança do sinal de TV que migra do analógico para o digital”, avalia o presidente da entidade, José Jorge do Nascimento Junior. Ele acredita que o setor deve crescer 15% este ano, acima dos 11% de 2017.

O ritmo, na verdade, é ainda mais forte. Outro levantamento, este feito pela GfK, indica que a venda de TVs crescia acima dos 35% nos primeiros cinco meses do ano. A própria Eletros diz que a toada era ainda maior e superava os 46%, mas sofreu impacto direto dos 12 dias de paralisações nos fretes com a greve dos caminhoneiros, na segunda metade de maio.

O levantamento da empresa alemã de pesquisas também destaca o faturamento maior com a venda de notebooks, cuja alta de 14% compensou a queda de 15% entre os desktops. Mas vale registrar que mesmo com queda nas vendas (-1%), os celulares tiveram alta nas receitas (6%), graças ao aumento de preços (7%), de acordo com essa pesquisa que analisou o mercado entre janeiro e maio.


Mesmo com a queda o volume, no entanto, o mercado brasileiro de telefones celulares segue como principal pilar do segmento de eletrônicos de consumo, sendo responsável por 40% do faturamento total, estimado em R$ 42,5 bilhões nos primeiros cinco meses de 2018, contra os R$ 40 bilhões anotados entre janeiro e maio de 2017.

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