Opinião

CIOs querem multicloud, liberdade para os dados e combate ao ransomware

Por Leonel Oliveira*

O que os tomadores de decisão de DevOps e de engenharia desejam para os próximos 12 meses? O que eles temem? Eles irão investir em quais soluções? De forma breve, as respostas de acordo com 6º Estudo ECI – Enterprise Cloud Index (Índice Anual de Nuvem Corporativa da Nutanix), resumem-se em: querem inovar, temem violações da proteção de dados e investirão seus budgets em modernização, segurança e IA.

De acordo com a pesquisa, o ransomware é o maior desafio de gerenciamento de dados e aplicações enfrentado pelos 1.500 entrevistados globais pesquisados, incluindo Brasil. Dentre os respondentes globais, 42% disseram que consideravam a proteção contra essa ameaça um desafio significativo – sendo o mesmo para 36% dos brasileiros.

O ransomware aterroriza não apenas as equipes de TI, mas também os executivos sêniores que enxergam os possíveis danos financeiros e de reputação às organizações. O estudo aponta que 78% dos entrevistados no mundo e 86% no Brasil planejam soluções de proteção contra este malware.

Além disso, muitos decisores estão recorrendo a novas abordagens que vão além do backup, criando um ambiente de monitoramento em tempo real e uma rede de suporte de dados eficaz – isso para que as organizações possam voltar a um estado totalmente funcional em 15 minutos após um ataque.

Ambiente híbrido: preferência


A boa notícia é que as organizações parecem estar adotando uma postura pragmática na implementação de TI com o modelo híbrido de várias nuvens com uma ampla variedade de modelos sendo cada vez mais preferido – e apenas uma pequena parcela não está progredindo com alguma forma de modelo híbrido. Isso permite que os CIOs sigam uma abordagem em que as cargas de trabalho se encaixam bem nas plataformas de TI, sejam elas de nuvem, edge, on-premises, hosting ou alguma combinação delas. Dentre os participantes da pesquisa, 89% dos brasileiros disseram que estão adotando uma posição de “nuvem inteligente” e a proporção de entrevistados que esperam migrar para a multicloud híbrida deverá dobrar em três anos, chegando a 35%.

A multicloud híbrida é vista como o caminho para os resultados comerciais desejados, como flexibilidade, desempenho, segurança, serviços de dados dinâmicos (como backup e snapshotting), soberania de dados, sustentabilidade de IA e gerenciamento de custos. Dada à amplitude de aplicações, cargas de trabalho e necessidades, a interoperabilidade e uma visão geral holística dos controles de provisionamento, serão essenciais para prevenir a perda de dados e evitar a redundância de operações.

O estado ideal é um ambiente totalmente móvel em que a orquestração da nuvem facilita a troca de cargas de trabalho e aplicações entre plataformas, conforme as necessidades. Neste sentido, quase todos os entrevistados (93% no mundo e 97% no Brasil) afirmaram ter trocado de plataforma de carga de trabalho no ano passado. Esta é a prova de que a área de TI e as empresas em geral precisam ser capazes de reforçar a segurança e promover a inovação em momentos diferentes, de acordo com a demanda.

O mercado enterprise é complexo e enfrenta muitos os desafios. Tudo isso significa que as organizações precisam ser capazes de mudar as ofertas de produtos, reprojetar suas cadeias de valor, definir preços dinamicamente, mudar os canais e entrar no mercado de novas maneiras, além de expandir e contratar serviços de TI em tempo real.

Ainda, no ambiente empresarial os bancos de dados precisam de segurança e mobilidade para as cargas de trabalho. Mas o gerenciamento dos bancos de dados entre plataformas foi citado como o desafio número um da categoria apontado pelos entrevistados. A resposta aqui é um plano de controle que permita que esses armazenamentos sejam facilmente transferidos, independentemente da plataforma ou do fornecedor.

O impulso global em direção à sustentabilidade também está refletido nesta pesquisa, com quase todos os entrevistados (98% no mundo e 85% no Brasil) dizendo que suas organizações apoiam algum tipo de iniciativa relevante.

Esse é um espaço em rápida evolução, com 51% dos ouvintes globais e 47% das organizações brasileiras afirmando que melhoraram sua capacidade de detectar áreas para cortar desperdícios; 47% apontando que melhoraram sua capacidade de ver as emissões de gases de efeito estufa e carbono. Metade das empresas ouvidas no Brasil (50%) modernizou a TI para melhorar os registros de sustentabilidade.

Portanto, em resumo, esta é a TI em 2024. Os líderes precisam avançar em todas as iniciativas e estão claramente dispostos a eliminar os silos e tornar seus ativos de TI mais gerenciáveis e flexíveis. Para atingir esses objetivos, serão necessários investimentos, planos ousados e rigor gerencial.

* Leonel Oliveira é diretor-geral da Nutanix Brasil

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