Algar Telecom diz que “acesso indevido” provocou disparo em massa de SMS eleitoral
Os usuários da plataforma estadual Paraná Inteligência Artificial (PIÁ) – serviço criado pelo governo do Estado para a oferta de serviços públicos digitais – receberam SMS de apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro, a partir do serviço prestado pela Algar Telecom, contratada pela Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar). O SMS também foi recebido também por usuários em São Paulo.
A Algar Telecom, por nota, diz que houve “um acesso indevido à plataforma, com um IP que não pertence à operadora”, o que provocou o disparo irregular do SMS. A tele informou ainda que bloqueou a conta responsável pelos disparos e que analisa o caso internamente, além de colaborar com a apuração dos fatos.
Por sua vez, a Celepar diz que o caso é grave e os responsáveis serão punidos pela lei. “Os órgãos policiais e eleitorais já foram acionados em todas as esferas e os boletins de ocorrência realizados para fins de investigação”, declarou a companhia por meio de nota fiscal.
O contrato da Celepar com a Algar Telecom tem valor superior a R$ 4 milhões e prevê pagamento de R$ 0,0412 por SMS. A validade é agosto de 2024. De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), o Núcleo de Combate aos Cibercrimes da Polícia Civil (Nuciber/PCPR) iniciou investigações para apurar os responsáveis pelo disparo das mensagens. Ressaltou também que “empregará seus policiais especializados que deverão atuar em colaboração a órgãos federais”.
Por nota, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disse ter tomado ciência do caso e ter feito um encaminhamento para o Ministério Público Eleitoral (MPE) pela da parceria do Programa de Enfrentamento à Desinformação da Justiça Eleitoral. O Convergência Digital procurou a Algar Telecom e publica a íntegra da nota da operadora:
“A Algar Telecom confirma a ocorrência de um acesso indevido à parte da sua base de dados, que ocasionou um disparo em massa de mensagens via SMS não autorizado pela empresa.
Desde a confirmação do ocorrido, a Algar Telecom iniciou uma investigação interna com o apoio de consultores especializados, a fim de identificar as causas, adotar medidas mitigadoras necessárias e tomar as providências técnicas e legais em resposta ao ocorrido.
Reiteramos que a proteção dos dados de nossos clientes, funcionários e da própria empresa é primordial para a Algar Telecom.”
*Com agências de notícias