Ataques DDoS são usados como armas para extorquir dinheiro das empresas
Quase metade (44%) das organizações no mundo foi alvo ou vítima, nos últimos 12 meses, de um ataque distribuído de negação de serviço (DDoS) com exigência de pagamento de resgate pelos grupos de hackers, de acordo com uma pesquisa com 313 profissionais de segurança cibernética realizada pelo Neustar International Security Council (NISC),e divulgada pelo portal Ciso Advisor.
“Em vez de gastar muito tempo e planejar cuidadosamente infectando a rede de uma organização com malware ou ransomware, os cibercriminosos estão adotando uma abordagem mais fácil usando DDoS como vetor para exigir resgate. Para eles, lançar um ataque DDoS é relativamente simples e também tem a vantagem de ser mais difícil de rastrear até sua origem”, observa Rodney Joffe, presidente do NISC.
A pesquisa indica que esta é uma tática de resgate eficaz: 70% das organizações atingidas por RDDoS, como também é conhecido esse tipo de ataque, foram alvejadas várias vezes e 36% admitiram que pagaram o resgate. Isso se compara a 57% dos infectados por ransomware sendo alvos em várias ocasiões, com a mesma proporção (36%) optando por pagar o resgate.
A Neustar acrescenta que, embora as ameaças de RDDoS tenham tradicionalmente como alvo as indústrias online, os invasores estão cada vez mais voltando sua atenção para outros setores, incluindo serviços financeiros, governo e telecomunicações.
O relatório destaca ainda que menos de um quarto (24%) dos profissionais de segurança cibernética disseram estar “muito confiantes” no conhecimento de sua organização sobre como responder a um ataque RDDoS. Os entrevistados listaram ransomware (70%), DDoS (68%) e hacking direcionado (66%) como as ameaças cibernéticas que mais aumentam em suas empresas. A Neustar adverte: corporações não paguem resgate.
“É comum que as organizações se sintam pressionadas a pagar para que seu site volte a funcionar e evite interrupções. No entanto, com os invasores visando a mesma empresa várias vezes, pagar o resgate apenas aumenta a probabilidade dela ser vítima novamente”, orienta Rodney Joffe.