Segurança

Ataques hacker contra PMEs crescem 41% em 2022

Um novo relatório da empresa de segurança Kaspersky mostra que as pequenas e médias empresas brasileiras enfrentam o crescimento de três golpes: o roubo de senhas corporativas, ataques via internet e a invasão da rede que explora o trabalho remoto. A análise foi feita no período de janeiro a abril de 2022 e mostra um crescimento médio de 41% na comparação com o ano anterior.

Os pesquisadores da empresa verificaram que os bloqueios do Trojan-PSW (Password Stealing Ware) cresceram 143% no último ano no Brasil — sendo que o País ficou em segundo lugar na América Latina, atrás apenas do México. Este programa visa roubar senhas dos funcionários para garantir acesso à rede da empresa ou ao Internet Banking da organização.

Outra estratégia de ataque que ganhou importância recentemente contra pequenas e médias empresas são os ataques pela internet. Neles, os criminosos infectam sites com muitos acessos (como portais de notícia, lojas de grandes redes) com um programa que irá contaminar os dispositivos de quem acessá-los, explorando vulnerabilidades em programas populares (como Java, Windows, pacote Office etc).

Ao ter sucesso na infecção, os criminosos passam a ter acesso ao dispositivo, às informações contidas nele e à rede da organização. No Brasil, foram registrados mais de 2.6 milhões bloqueios deste tipo de golpe, número 72% maior do que o segundo país da região (Peru).

Outro esquema que se beneficiou do trabalho remoto foram os ataques de força bruta (ao protocolo Remote Desktop Protocol – RDP). Essa tecnologia permite o acesso remoto do funcionário à rede da empresa — questão essencial para manter a operação das empresas durante a pandemia — porém a falta de cuidados de segurança permite que ela seja explorada por criminosos para realizar outros golpes, como o roubo e sequestro de informações via ransomware.


Globalmente, o número total desses bloqueios diminuiu ligeiramente, mas, no Brasil, chegou aos 20 milhões de tentativas de ataques — o que faz o país liderar com folga o ranking na América Latina, com um volume quase quatro vezes maior que a Colômbia, segunda classificada. 

Botão Voltar ao topo