Segurança

Campeão de medo: No Brasil, 84% acham que celular será hackeado

Uma nova pesquisa da empresa de segurança online Norton tentou identificar como as pessoas em 12 países, Brasil inclusive, avaliam o uso de dispositivos eletrônicos e o grau de segurança, ou a falta dela, quando navegam na internet. Campeão do medo no quesito, 84% dos brasileiros entrevistados acreditam que seus celulares serão hackeados. 

Além de serem os mais desconfiados da segurança de seus aparelhos, os brasileiros (84%, contra média de 78% dos 12 países analisados também representam a maior proporção de entrevistados que admitem precisar de mais informações para manter o aparelho seguro (90%, empatado com México), sendo que 38% reconhecem não ter a menor ideia de como fazer isso.
Os receios se estendem ao uso de dispositivos conectados pelas crianças, embora muitas vezes de maneira ambígua. A grande maioria (66%) diz que confia nos filhos para navegar na internet sem monitoramento, apesar de quase três quartos (72%) relatarem que seus filhos participaram de atividades online arriscadas, como acessar conteúdo adulto e fornecer informações pessoais, enquanto usavam um dispositivo dos pais sem a permissão deles.
O comportamento vale para o Brasil. Entre os 12 pesquisados, o país é onde aparecem os maiores percentuais de pais que acreditam que os filhos passam tempo demais diante de telas (95%), sendo que para 94% isso tem relação direta ao próprio incentivo de permitir o uso como forma de ocupar ou distrair as crianças. E fica atrás apenas do México (84% e 83%) entre os que acham essencial controlar esse tempo, cortar a internet ou tomar o dispositivo eletrônico. E com 87%, também é onde mais pais defendem monitorar as atividades online, como restringir o acesso a certas aplicações ou sites, rastrear o histórico do navegador, etc. 
Brasil, Canadá, México e EUA a média de tempo de tela supera as 6 horas diárias mesmo entre os adultos. Os smartphones são o dispositivo em passam muito tempo, sendo as mídias sociais os aplicativos mais utilizados. Por aqui se verificou o maior percentual (97%) dos que acreditam que passam tempo demais em redes sociais ou entretenimentos digitais. E entre os brasileiros ouvidos, 52% apontam que esse uso excessivo faz mal à saúde física, 46% entendem que prejudica a saúde mental, sendo que 74% dizem que faz esforço para reduzir o tempo de tela buscando ativiadades externas. 
A pesquisa da Norton foi realizada de 16 de maio a 2 de junho de 2022 e ouviu 12.034 pessoas em 12 países: Brasil, Alemanha, Austrália, Canadá, Espanha, Estados Unidos, França, Índia, Japão, México, Nova Zelândia, Reino Unido. No Brasil foram ouvidas 1.004 entrevistados. 

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