Segurança

Certificado falso de vacinação salta de R$ 600 para R$ 3.432,00 no submundo da Internet

Houve um aumento significativo nas transações por vacinação fraudulenta ou certificados falsos de teste. Logo após o anúncio inicial da exigência de passaporte de vacinas, no segundo semestre do ano passado, os certificados de teste de PCR e antígeno falsificados para Covid-19 eram normalmente vendidos por US$ 75 a US$ 100 (R$ 430,00 a R$ 572,00).

Agora, por conta da variante Ômicron, o salto do custo foi explosivo: 600%. -Os certificados falsos custam atualmente entre US$ 200 e US$ 600 (R$ 1.144,00 a R$ 3.432,00), A informação é do Check Point Research, divisão de Inteligência em Ameaças da Check Point. Em setembro, na primeira leva, o Brasil era um dos países destaque, com as vendas acontecendo, principalmente pelo Telegram.

A alta transmissibilidade e a rápida disseminação da variante Ômicron, combinadas com questões relacionadas ao recurso e fornecimento do testes rápidos de fluxo lateral e de PCR, criaram uma nova lacuna no mercado que os fraudadores estão mais uma vez procurando explorar.

De acordo com a CPR, pelo menos um grupo que estava ativo durante a onda da variante Delta, e permaneceu em silêncio em outubro de 2021, ressurgiu para explorar a atual situação. Os clientes em potencial podem ser pessoas que testaram positivo, se recusaram a fazer o teste ou não estão dispostas a tomar a vacina, optando por pesquisar na Internet à procura de alternativas. Os usuários incautos também podem ser vítimas, sendo atraídos para domínios fraudulentos ou suspeitos enquanto procuram orientação e conselhos genuínos.

“Sem um sistema centralizado para certificação de testes e vacinas, é muito fácil para os golpistas explorarem a situação atual a seu favor. Isso é certamente o que estamos verificando aqui, com alguns grupos de fraudadores que estão inativos há meses ressurgindo para ‘colher frutos’ sobre o que puderem da mudança do cenário pandêmico”, comenta Liad Mizrachi, especialista em segurança da Check Point Software.


O executivo observa que foi criada uma ‘tempestade perfeita’ para os golpistas, uma vez que há problemas globais de fornecimento de kits de testes e campanhas anti-vacinação. Segundo Liad Mizrachi, os golpistas estão operando mais uma vez de forma silenciosa e angariando retorno financeiro com a venda no mercado ilegal. “Os governos precisam se unir rapidamente para combater esse último aumento no mercado ilegal ou correm o risco de ver o número de documentos falsificados aumentarem nas próximas semanas e nos meses seguintes”, finaliza o especialista em segurança.

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