Segurança

Check Point: Falta dinheiro aos CISOs para comprar tantos produtos de segurança

Ao completar 30 anos de fundação, a Check Point propõe que as soluções de segurança se conversem para facilitar a vida do gestor de segurança. Para o country manager da Check Point Brasil, Eduardo Gonçalves, os CISOS estão cansados de pedir orçamento para combater novos vetores de ataques. “Falta dinheiro, falta compreensão e falta profissional. O gerenciamento é complexo e é preciso que as APIs dos produtos concorrentes se falem”, observou o executivo, durante o CPX, evento da Check Point, realizado nesta quinta-feira, 15/06, em São Paulo.

Hoje, observou o executivo, as ferramentas não se comunicam, então se há o envio de um phising para o e-mail corporativo, ele é barrado no site, mas pode ser aberto no celular ou no tablet. “Não há uma visão geral, não há automação para bloquear o IP de quem mandou esse phising. E a matriz real dos problemas de segurança subiu de 416, há três anos, para mais de 1000, com cloud, datacenters e rede.

É aqui que a Check Point monta a sua estratégia. A companhia quer ser uma orquestradora das soluções, por meio de APIs homologadas com produtos de concorrentes. “Na verdade, queremos ir além. Temos um cliente que possui 38 plataformas de segurança da Informação. É complexo demais. Nós queremos oferecer inteligência em tempo real”, afirmou o executivo.

E para ter inteligência em tempo real, o uso da inteligência artificial será levada ao extremo. “Não há como analisar um zero day sem inteligência artificial, simplesmente não tem”, assegura Gonçalves. O executivo diz que 2023 está sendo o ano da IA porque a tecnologia saiu da bolha da TI. “Dos 75 motores de prevenção que temos, 45 deles já têm Inteligência Artificial e, por dia, são processados 2 milhões de indicadores maliciosos em mais de 30 milhões de clientes no mundo”, avisa. 

Com a massificação dos ataques cibernéticos- há uma pesquisa que diz que 91% dos CISOs admitem que serão alvo de um grande ataque cibernético nos próximos dois anos, muitas startups surgiram para cuidar de vetores específicos. Para Eduardo Gonçalves, fica evidente que haverá uma consolidação de fornecedores na área de segurança cibernética. “O tempo de comprar, comprar passou. O dinheiro está escasso. Como já disse: a segurança não pode ter tantas plataformas e produtos. É complexo e faltam profissionais”, preconiza.


O uso da nuvem favoreceu a oferta de soluções por software como serviço, mas ainda há muita desinformação do cliente sobre qual é a sua responsabilidade e qual é a do provedor de nuvem. “Melhorou, mas ainda há empresa que acha que o provedor de nuvem tem de cuidar de tudo e não tem. Há a responsabilidade da empresa, principalmente, com o seu dado, com a sua credencial. Os limites ainda são dúbios e temos de ter mais transparência”, completa Eduardo Gonçalves.

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