Segurança

Cibercriminosos usam chatbots para extorquir dados e sequestrar chips

Engenharia social, sequestro de chip (SIM-jacking), casos de extorsão (e sextorsão), aumento de golpes associados às eleições em diversos países (fake news) e aos Jogos Olímpicos (como a venda de falsos ingressos), ataques via chatbot e o controle de smart houses e Internet das Coisas são as principais ameaças cibernéticas ao longo de 2019, de acordo com o relatório “Mapeando o Futuro: lidando com ameaças difusas e persistentes”, divulgado pela Trend Micro.

O levantamento adverte que, algumas tendências vistas ao longo do ano passado irão se agravar esse ano, como os casos de sextorsão e de phising. Os casos de sextorsão são aqueles em que há a ameaça de divulgação de fotos íntimas, para obrigar a pessoa a realizar uma ação específica ou para vingança. Esses ataques merecem atenção redobrada, pois como lidam com um material sensível, o medo das consequências faz com que as pessoas tenham tendência a atender as demandas dos atacantes.

O estudo mostra ainda que cibercriminosos irão realizar tentativas não só por meio de e-mails, mas também via SMS e meios de mensagens – inclusive criando chatbots para conversar com a vítima para então enviar um link de phishing ou obter informações pessoais -, também irão, com o suporte da técnica de engenharia social, realizar novos tipos de ataques como SIM-jacking (sequestro de chip), no qual se passam por uma equipe de suporte técnico.

A engenharia social será uma técnica bastante utilizada pelos cibercriminosos, que irão buscar novas táticas, adverte Miguel Macedo, Diretor de Canais e Marketing LATAM da Trend Micro. Segundo ele, os atacantes aproveitarão eventos esportivos ou políticos, como as Olimpíadas em Tokyo de 2020 e as eleições de diversos países, para realizar ataques clássicos. Além disso, buscando atingir um grande público, os cibercriminosos irão comprometer contas de influenciadores digitais com milhões de seguidores para realizar diversos ataques direcionados aos seguidores.

IoT e casas inteligentes também serão alvo


Outra preocupação em 2019 são as smart houses, que, quanto mais conectadas, tornam-se cada vez mais o alvo dos atacantes. Os roteadores continuarão a atrair os cibercriminosos que buscam tomar controle da quantidade cada vez maior de dispositivos conectados para qualquer que seja a finalidade. “Os ataques são na maioria das vezes com os mesmos códigos fonte vazados do malware Mirai, que infectou primeiro os dispositivos Linux em agosto de 2016, ou vindos de outros malwares com comportamento similar”, assinala Miguel Macedo.

Além disso, de acordo com a pesquisa, uma vez que os idosos estão utilizando cada vez mais dispositivos de saúde conectados – tais como monitores de batimentos cardíacos ou outras tecnologias que alertam quando escorregam ou caem – eles também tendem a se tornar vítimas fáceis de ataques a esses dispositivos inteligentes.

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