Cibercriminosos usam SMS, WhatsApp e Telegram para atacar contribuintes da Receita
Os cibercriminosos estão atuando nesse período de entrega anual de declaração do Imposto de Renda. De acordo com o Fisco, os criminosos aproveitam o período para enviar falsas mensagens informando sobre supostas pendências no CPF. Contribuintes do Sudeste e Nordeste do país são os principais alvos dos bandidos.
Ao menos dois tipos de golpe já foram identificados neste ano. No primeiro, a pessoa é informada de que está com pendências no CPF e que por isso não conseguiria enviar a declaração. No outro, o contribuinte é avisado sobre um impedimento no recebimento da restituição –causada pela mesma falsa pendência.
O supervisor nacional do Programa do Imposto de Renda, José Carlos Fernandes da Fonseca, explica que, na maioria dos casos, criminosos enviam mensagens por e-mail, SMS, WhatsApp e Telegram. No texto, é indicado um link para que o contribuinte possa regularizar a situação. Ao clicar, o computador ou celular ficam comprometidos a serem infectados por vírus. A partir daí os golpistas passam a ter acesso às contas financeiras, redes sociais, fotos e contatos da vítima.
“O brasileiro tem uma criatividade muito grande, e todo ano aparecem novas modalidades. A principal é fazer com que o cidadão ache que é uma comunicação da Receita, entre em algum local não oficial e coloque seus dados pessoais. O famoso ‘clique aqui para resolver’. Ele (bandido) então coleta informações”, detalha.
O supervisor do IR alerta que a Receita Federal não envia nenhum link ou mensagem para os contribuintes, por isso é preciso ficar atento a este tipo de conteúdo. “O importante é reforçar sempre: a Receita Federal não manda avisos por email, SMS ou WhatsApp. Quando quer comunicar, faz oficialmente, através de documentos com aviso de recebimento, então a pessoa tem que assinar. Nas raras vezes que a Receita envia e-mail, apenas pede para consultar a página oficial. Ela nunca manda um link”, ressalta.