Segurança

Com medo dos hackers, corporações gastaram bem mais para proteger dados sensíveis

Quarenta e quatro por cento das lideranças corporativas de todo o mundo apontam a segurança digital como a principal preocupação para 2023. É o que revela a nova pesquisa Red Hat Global Tech Outlook, relatório que reúne as principais tendências para o mercado de Tecnologia da Informação (TI). Na edição deste ano, o estudo ouviu 1.703 lideranças de pequenas, médias e grandes corporações, sendo a maioria das empresas apresenta um faturamento superior a U$ 100 milhões, em seus balanços anuais. As entrevistas da edição de 2023 foram conduzidas entre maio e junho e apontaram para uma mudança de prioridade com a proteção e resguardo de dados.

Segundo quase metade dos líderes de TI ouvidos, episódios recentes envolvendo o sequestro e vazamento de dados em todo o mundo destacaram a vulnerabilidade de ambientes de tecnologia corporativos e a necessidade de estruturas mais robustas na área. Tanto é assim que cerca três quartos de todas as lideranças entrevistadas (78%), “aumentaram um pouco” ou “aumentaram bastante” os investimentos com cibersegurança durante 2022 para proteger o acesso de aplicações e resguardar dados sensíveis de possíveis ataques digitais.

Seguindo a mesma linha, companhias acreditam que suas jornadas digitais devem ter como base a proteção dos ecossistemas de TI, enquanto a disruptividade tecnológica ocupa o segundo lugar na lista de prioridades, 5 pontos percentuais a menos do que na última pesquisa. Para pesquisadores da Red Hat, o empate técnico entre os temas “Segurança” e “Inovação”, respectivamente com 20% e 19% do foco para investimentos, é justificável por dois motivos: o aumento de ataques hackers a corporações em 2022 e a sutil mudança metodológica da pesquisa que pediu aos entrevistados que destacassem apenas uma meta principal em direção à convergência online, ao invés de várias metas de aperfeiçoamento.

O levantamento destaca também, a exemplo de 2021, que o maior desafio para que negócios prosperem em sua caminhada informacional é a falta de talentos e mão de obra qualificada para atuar dentro de ambientes de TI. Setenta e quatro por cento mencionam que o maior obstáculo em suas jornadas online se encontra na ausência de estratégias de transformação digital ou na carência de habilidades e treinamentos de seus colaboradores e funcionários. Completam a lista as dificuldades com o treinamento de habilidades de pessoas e processos, contratação, retenção e compliance.

O estudo mostra que as cinco principais prioridades não relacionadas à aquisição de tecnologia envolvem a qualificação e gestão de pessoas dentro de ambientes de TI. Em parte, esses desafios podem ser explicados pela evolução das condições trabalho no setor e que obrigaram as empresas a serem mais criativas não apenas na maneira de formalizar estratégias e eleger prioridades para equipes, mas também como na forma como recrutam, qualificam e retêm talentos ao longo de sua caminhada.  


 

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