Crimes digitais: combate passa pela TI, mas exige usuário desconfiado
Ao discutir novas ameaças digitais durante o Tech Bank Forum, realizado em Brasília pela Network Eventos, o delegado e coordenador do Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça, Alesandro Barreto, destacou que órgãos federais e estaduais de segurança tentam ampliar investimentos e garantir treinamento para o combate ao cibercrime.
“As unidades dos estados estão desenvolvendo experiência, estão criando delegacias especializadas para esse tipo de crime e também estão trabalhando com criação de laboratórios, de estruturas que dão suporte às áreas de perseguição criminal”, afirmou.
Mas em que pese a aposta das polícias em tecnologia e capacitação, ele reconheceu que “as instituições precisam se aproximar mais”. “É muito importante estabelecer redes de cooperação não só entre polícias, ministérios públicos, mas com a iniciativa privada, sentando na mesma mesa, trocando experiências, trocando dados de incidentes que têm resultado em ações bem sucedidas.”
Por outro lado, insistiu, o cidadão também precisa estar mais atento e, em especial, desconfiado. “O cara repete senha, coloca senha ‘12345’, ou ‘Jesus, eu te amo’, a data de nascimento. Aí fica fácil para o criminoso. Vale ter e-mails específicos e não só um e-mail único, senhas fortes, aplicativos autenticadores e, principalmente, ser desconfiado. Quando você se deparar com uma situação que parece tentadora, de ganhar um dinheiro fácil, se pergunte se está bom demais pra ser verdade. Se estiver, caia fora.”