Segurança

Empresas de TI e serviços cobram interlocução maior com a ANPD

Falta interlocução com o mercado por parte da Autoridade Nacional de Proteção de Dados, lamenta o presidente da Federação Assespro, Ítalo Nogueira, em entrevista ao Convergência Digital. O executivo comemora a divulgação nesta quinta-feira, 28/01, da agenda regulatória 2021/2022, especialmente depois de um silêncio de quase três meses, que incomodava ao mercado por conta dos grandes vazamentos de dados registrados nesse período como o do Ministério da Saúde e o associado à Serasa Experian,considerado um dos maiores do mundo.

“A interlocução é essencial e nos colocamos disponíveis para ajudar. Há muitos problemas para serem ajustados. Agosto está chegando e uma cobrança de multa pode simplesmente acabar com um negócio. A LGPD já não foi a melhor lei e se ela não tiver uma boa implementação, o resultado poderá ser bastante ruim no tocante à proteção de dados. Mercados privado e público precisam trabalhar juntos para dar certo”, reforça Nogueira.

A Federação Assespro representa mais de 3 mil empresas de pequeno e médio porte de software e serviços. Entre os pontos importantes de discussão, adiciona Nogueira, está a definição do que fazer com a base de dados legados, que são os dados obtidos antes da lei entrar em vigor, e como integrá-los à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais. “São tantas as dúvidas existentes. Daqui a pouco é agosto e não sabemos de nada ainda. Para a ANPD funcionar, ela tem de estreitar a ligação com o ecossistema”, insiste o presidente da entidade, Ítalo Nogueira.

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