Segurança

Febraban vai montar uma Academia de formação de CISOs

O modelo de capacitação de profissionais em cibersegurança na Federação Brasileira de Bancos, Febraban, vai pasar por uma reformulação em 2023. Ao participar da 3ª edição do Tecnologia Bancária, evento realizado pela Network Eventos, em parceria com o portal Convergência Digital, o diretor executivo de inovação, produtos e serviços bancários da entidade, Leandro Vilain, contou que o plano é criar uma academia de CISOs, profissionais de alto escalão e responsáveis por definir as estratégias e políticas de segurança da informação.

“Precisamos ter mais CISOs disponíveis no mercado, mas essa é uma formação que requer tempo, uma grade curricular mais bem preparada e turmas menores”, observou Vilain. Até o momento, contou o diretor da Febraban, a entidade, em parceria com os bancos associados, formou cerca de 5000 mil profissionais em cibersegurança. “Ainda temos gap e a retenção de talentos é, hoje, uma missão delicada aos bancos, mas conseguimos certificar e preparar um bom time”, relatou.

Na prática, o CISO  tem atuado mais como um profissional capaz de esclarecer questões tático-operacionais relacionadas à segurança da informação junto ao alto escalão. Especialistas sustentam que o desafio do CISO está diretamente relacionado à capacidade de tratar e apresentar a cibersegurança como uma decisão de negócio. Também reforçam que os CISOs são profissionais que detém um profundo conhecimento das tecnologias de proteção mais recentes, o que possibilita atuarem como consultores internos.

O treinamento acontece no Laboratório de Segurança Cibernética, criado em setembro de 2020, com o objetivo de colaborar e unir forças entre as equipes dos bancos associados em ações de prevenção, identificação e combate ao crime cibernético. A Pesquisa Febraban Tecnologia Bancária 2022, divulgada em maio, mostra que as instituições financeiras mais que dobraram seus investimentos em treinamento de profissionais em 2021. No ano passado, mostrou ainda o relatório, os bancos investiram R$5,7 milhões em treinamentos para pessoas em segurança cibernética, um incremento de 138% em relação ao ano anterior. 


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