Segurança

Impacto da Falha da CrowdStrike no Windows é 28000% maior que do Wanna Cry

O Wanna Cry, ransomware que paralisou pelo menos 300 mil máquinas em 150 países, entre eles o Brasil, em maio de 2017, era considerado o pior incidente de TI do mundo. A falha de atualização do CrowdStrike Falcon, na última sexta-feira, 18, paralisou 8,5 milhões de máquinas, de acordo com a própria Microsoft. Isso significa um incremento de 28.000%. A empresa, porém, minimizou o impacto dizendo que esse número representa menos de 1% das máquinas corporativas que usam o sistema operacional Windows.

A Microsoft também admitiu que a atualização defeituosa do CrowdStrike Falcon também fez com que os PCs em nuvem com Windows 365 ficassem presos em loops de reinicialização.

Especialistas, no entanto, dizem que antes mesmo da falha da CrowdStrike, já havia uma falha na Azure, a nuvem da Microsoft. Na quinta-feira, 17, os usuários da nuvem reclamaram de estarem impedidos de acessar vários aplicativos do Microsoft 365, entre os quais Microsoft Defender, Intune, Teams, PowerBI, Fabric, OneNote, OneDrive for Business, SharePoint Online, Windows 365, Viva Engage, Microsoft Purview e o centro de administração do Microsoft 365.

“É o maior caso de TI da história. Nunca tivemos uma indisponibilidade mundial de estação de trabalho como essa”, reforçou Mikko Hyppönen, diretor de pesquisa da empresa de segurança cibernética WithSecure, de acordo com reportagem do CISO Advisor. E os problemas seguem nesta segunda-feira, 21.

A Delta Air Lines cancelou mais de 600 voos, ainda tentando restaurar suas operações depois da falha do software da CrowdStrike. No Reino Unido, o NHS England, o SUS deles, alertou para atrasos à medida que os serviços de saúde recuperavam da interrupção. “Ainda podemos ter atrasos à medida que os serviços se recuperam, especialmente para a remarcação de consultas. Tenham paciência conosco”, observa nota oficial do NHS.


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