Segurança

Itaú: bancos já se preparam para enfrentar o hacker quântico

Os bancos brasileiros já mergulham com interesse na computação quântica, considerada a evolução do processamento de dados, binário, das máquinas de hoje. A multiplicação da capacidade de análise sobre volumes gigantescos de informações tem impacto direto em gestão de riscos, combate a fraudes e segurança cibernética. 

“Existe muita coisa para ser descoberta com a computação quântica, mesmo que o computador quântico ainda demore. Os bancos têm problemas muito complexos, que demoram dias para serem processados, ou precisamos aproximar esses cálculos porque nós não temos capacidade computacional para resolvê-los. A computação quântica vem nesse contexto de tentar resolver a nossa dificuldade de utilizar os computadores tradicionais para resolver problemas complexos de maneira mais eficiente. Problemas de otimização de portfólio, detecção de fraude, precificação de derivativos são alguns dos problemas que esses computadores podem resolver de maneira melhor e de maneira mais eficiente do que os computadores tradicionais”, explica a líder de quantum e data science do Itaú Unibanco, Samuraí Brito. O assunto foi tema de um painel especial durante a Febraban Tech 2024. 

Como também lembrado no debate, a mesma computação quântica desafia a segurança dos sistemas criptográficos atuais. Enquanto as criptografias tradicionais dependem da dificuldade computacional de resolver problemas matemáticos, como a fatoração de números inteiros grandes, os computadores quânticos têm o potencial de desvendar esses algoritmos de maneira muito mais rápida. Para Samuraí Brito, porém, uma máquina efetivamente capaz de quebrar os algoritmos atuais ainda demora. 

“Nenhum computador quântico hoje tem capacidade, poder de processamento para quebrar qualquer que seja o nível de segurança que nós temos. E a perspectiva de mercado é que esses computadores demorem bastante tempo ainda para serem desenvolvidos, por isso que em paralelo a toda essa análise de segurança, novos protocolos estão sendo verificados. Então, hoje ninguém precisa se preocupar, ninguém está correndo risco. Nós não temos nenhum risco de fato iminente.” Assistam à entrevista.


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