PF caça quadrilha que teria vazado dados do presidente Bolsonaro e de mais de 200 mil servidores
A Polícia Federal deflagrou uma operação com o objetivo de combater uma organização criminosa hacker, especializada na invasão de sistemas informatizados de órgãos públicos, suspeita de ter vazado informações privadas do presidente Jair Bolsonaro e de militares.
Por meio de nota oficial, a Polícia Federal afirma que os integrantes do grupo hacker investigado obtiveram e expuseram de forma ilícita dados pessoais de mais de 200 mil servidores e autoridades públicas, com o objetivo de intimidar e constranger tanto as instituições quanto as vítimas que tiveram seus dados e intimidade expostos.
Segundo a apuração, a organização teria invadido sistemas de universidades federais, prefeituras e câmaras de vereadores municipais nos Estados do Rio de Janeiro, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul, de um governo estadual e diversos outros órgãos públicos. Somente no Rio Grande do Sul, foram mais de 90 instituições invadidas pelos hackers.
Há indícios, ainda, da prática de outros crimes cibernéticos por parte da organização criminosa, como compras fraudulentas pela internet e fraudes bancárias. A investigação se concentra na apuração dos crimes de invasão de dispositivo informático, corrupção de menores, estelionato e organização criminosa.
A operação, batizada de Capture the flag por conta das competições na área de pentest (testes de invasão) onde os participantes precisam encontrar vulnerabilidades em sistemas e redes de comunicação, onde as vulnerabilidades são as “bandeiras” que os participantes precisam capturar, foi realizada nos Estados do Rio Grande do Sul e Ceará, e conta com a participação de 20 policiais federais, que dão cumprimento a três mandados judiciais de busca e apreensão. Não há ainda informações sobre a identidade dos presos.