Segurança

Roubo de dados pessoais lidera no Brasil e no mundo

A maioria dos consumidores brasileiros (80%) relatou ter sofrido fraude pelo menos uma vez; mais da metade (52,8%) indicou ter sido vítima de fraude duas ou mais vezes e 55,8% disse ter sofrido mais fraudes em 2022 em comparação com o ano anterior.

Quase nove em cada dez (85,7%) admitiram ser mais cautelosos com fraudes do que no passado. Os dados são da pesquisa com 13.500 consumidores em 16 países, incluindo o Brasil, “Faces of fraud: experiências do consumidor com fraude e o que isso significa”, feita pelo SAS. O esetudo mostrou ainda que 93,8% dos brasileiros têm medo de serem vítimas de fraude e quase todos os participantes (97,8%) acreditam que as organizações deveriam fazer mais para protegê-los.

As estratégias de fraude mais comuns relatadas pelos participantes da pesquisa foram tentativas de obter dados bancários ou pessoais. Os celulares e o e-mail surgiram como os canais de comunicação mais utilizados pelos fraudadores para fazer o contato inicial. Stu Bradley, vice-presidente sênior de inteligência de fraude e segurança do SAS, destacou que, quando os fraudadores são bem-sucedidos em suas tentativas, organizações em setores altamente segmentados, como bancos, seguros, governo, varejo e telecomunicações, servem como canais involuntários para atividades criminosas.

“Dado que dois terços dos consumidores pesquisados no mundo todo disseram que mudariam de prestador de serviços devido a fraude ou se outro provedor oferecesse melhores proteções contra fraude, as consequências potenciais de não agir são substanciais e não devem ser ignoradas”, disse, em nota à imprensa.

A mudança de atitude dos consumidores ressalta a importância de defesas robustas contra fraudes, com quase 100% dos entrevistados brasileiros (97,8%) indicando que as organizações deveriam fazer mais para protegê-los contra fraudes – globalmente o percentual é de 89%. O lado bom é que a maioria de clientes está disposta a sacrificar alguma conveniência por salvaguardas mais fortes.


Por exemplo, 86% dos brasileiros disseram que concordariam com mais atrasos e verificações nas transações para melhor proteção contra fraudes. Nove em cada dez estão dispostos a usar métodos biométricos como reconhecimento facial, geometria da mão, identificação da retina ou reconhecimento de voz para pagamentos e transações.

Além disso, mais da metade (56,3%) prefere usar identificadores exclusivos, como biometria para autenticar no momento da transação, em vez de lembrar senhas fixas. E mais: 85% manifestaram vontade de partilhar mais dados pessoais (por exemplo, localização, comportamento, etc.) com prestadores de serviços com base na utilização dessas informações para reforçar as medidas antifraude.

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