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5G: Brasil bate a marca de 2 milhões de parabólicas digitais instaladas nos lares de baixa renda

O marco de dois milhões de parabólicas digitais foi alcançado pela Siga Antenada, entidade responsável pela substituição das parabólicas tradicionais pela nova parabólica digital nos lares de famílias de baixa renda. A tecnologia – que garante aos beneficiários de programas sociais do governo federal, que assistiam à TV pela parabólica tradicional, melhor qualidade de som e imagem e maior variedade de canais – tem chegado de forma acelerada às mais remotas regiões do país.

Em entrevista ao portal Convergência Digital, o presidente da Siga Antenado, Leandro Guerra, comemora ter alcançado essa meta apenas seis meses depois do primeiro milhão. “Percebemos claramente que o interior do Brasil é que tem a maior demanda e, em especial, o Nordeste, que responde por 60% do nosso trabalho”, comemora Guerra. Oficialmente, a EAF revela que mais de 1,4 milhão de instalações foram realizadas nas regiões Nordeste e Norte, onde ficam a maior parte dos inscritos no CadÚnico. Enquanto cerca de 600 mil ficaram divididos entre as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul. 

Até agora 3.451 cidades estão com agendamento e instalação sendo executados. Até final de 2025, terão sido atendidos todos os 5.570 municípios brasileiros, incluindo neste número Distrito Federal e Fernando de Noronha. Além disso, hoje, já há 3283 cidades com espectro 3,5GHz liberado. O serviço 5G está disponível em 300 cidades.

O ritmo de implantação de antenas parabólicas digitais bateu recorde em janeiro – foram 250 mil – e um dos motivos, acredita Guerra, foi o fato de ter uma comunicação, atendimento, logística, equipamentos e equipe técnica dirigida para as necessidades dessas localidades. “Nós capacitamos profissionais, nós criamos comunicação para essas cidades”. A Siga Antenado tem ainda pelo menos 1 milhão de kits em estoque para a implantação, o que é suficiente para esperar a revisão do estudo que previa uma demanda de 5 milhões de kits. Esse novo relatório está em produção e será conhecido no final de março.

A substituição da parabólica é necessária porque o enlace de decida (downlink) da tecnologia 5G utiliza uma faixa de frequência muito próxima à Banda C, utilizada para transmissão do sinal de TV para as parabólicas tradicionais. À medida que o 5G é ativado nas cidades, os usuários da parabólica tradicional podem sofrer com interferência e até a perda completa do sinal de TV. 


A EAF também está antecipando em mais de dois anos a preparação das estações satelitais profissionais (FSS) para a chegada do 5G no Brasil. O trabalho de desocupação da faixa de 3.700 MHz a 4.200 MHz realizado em 1.482 antenas profissionais que atuam na Banda C Estendida no Brasil foi finalizado em julho de 2023. Já a instalação de filtros para mitigação de interferências está sendo finalizada em 19.200 estações que operam na Banda C. A entrega, prevista no Leilão do 5G para 2026, tende a ser antecipada em mais de 18 meses.

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