5G muda indústria com internet das coisas, IA e APIs
As redes 5G avançam para a criação de novas oportunidades de eficiência e de retorno financeiro, muito além dos casos de uso por parte dos consumidores tradicionais. Cada vez mais indústrias e empresas se valem da rede em seus processos internos e no desenvolvimento de novos produtos e serviços.
“A conectividade de veículos existe há 10 anos na Coreia, mas não casos de monetização”, lembrou o Head de TI da Hyundai Brasil, Marcelo Fonseca, ao discutir o impacto do 5G, IoT e IA na digitalização industrial, em live promovida pelo portal Convergência Digital. Com o 5G, ele destacou, isso mudou.
“São muitas oportunidades a partir dos dados coletados. Posso disponibilizar dados para que uma seguradora possa promover desconto no seguro daquele motorista. Posso usar o mapa de calor para avisar determinada concessionária quantos carros naquela região estão próximos da revisão dos 10 mil km ou 20 mil km. E dados também são usados dentro da fábrica, para produzir os carros”, disse o executivo.
Como ressaltou o diretor de Operações da Telefônica Tech IoT/BigData no Brasil, Diego Aguiar, as próprias empresas de telecomunicações estão se transformando. “A Vivo não é somente uma empresa de comunicações, mas uma empresa de tecnologia. Hoje o mais importante não é levar infraestrutura, mas preparar um ecossistema para que os usuários possam ter serviços distintos.”
O ecossistema é chave para uma nova realidade de desenvolvimento de produtos e serviços dentro da economia digital. “Isso também implica em ajudar o cliente a entender a tecnologia, o que ela traz de novo e como tomar partido disso. E, claro, como converter tudo em ganho para o negócio.” Um exemplo desse movimento é a iniciativa Open Gateway, que busca padronizar o desenvolvimento de APIs de rede de telecomunicações, o que por sua vez amplia o próprio universo de desenvolvedores e de soluções.
“No 4G, o conceito de API foi levado para o smartphone. E uma diversidade de aplicações faz uma leitura de dados do próprio smartphone – como a capacidade de localização viabilizando serviços de entrega. Agora, ao invés de exportar dados para um sistema proprietário ou para smartphone, vamos começar a exportar capacidades de rede pelo 5G para desenvolver novas aplicações”, explicou o VP de negócios da Ericsson Brasil, Vinicius Dalben.
“E aí vem a importância da cocriação entre as áreas. O fornecedor de tecnologia quer assegurar que isso esteja disponível, para que mais e mais setores ampliem capacidades e uso de rede, gerando um ciclo virtuoso a partir das APIs”, completou. Assista a live completa.