Telecom

Anatel aprova venda do controle da V.tal pela Oi ao banco BTG

A Anatel aprovou nesta quinta-feira, 5/5, a venda do controle societário da V.tal, empresa criada com a segregação das redes de fibra ótica da Oi, para o banco BTG Pactual. O negócio, de R$ 12,9 bilhões, é uma das etapas da recuperação judicial da Oi, prevista, agora, com essa aprovação, de terminar ainda neste mês de maio.  A V.tal era o último ativo a ser vendido pela operadora.

Na operação a Oi vende 57,9% do controle da V.tal para fundos de investimentos controlados pelo BTG. A engenharia societária prevê inicialmente a transição do controle pela Globenet – negócio de cabos submarinos que já pertenceu à Oi e foi vendida ao BTG em 2013 – e em seguida a absorção (e desaparecimento) da Globenet. 

Além desses R$ 12,9 bilhões, vale lembrar que a Oi já vendeu o principal ativo, a operação móvel, por R$ 17 bilhões, para um consórcio formado por Vivo, Claro e TIM. Também já foram vendidas torres, participações internacionais, datacenters e a operação de TV por assinatura. A Oi vai manter, ao menos por enquanto, os 42,1% da V.tal como fonte de receitas – além de ser o principal cliente do aluguel das fibras. 

A anuência prévia está sujeita à documentações de praxe, além da relação de bens reversíveis em até 180 dias após o fechamento da operação, bem como a devolução de outorgas para evitar sobreposições entre V.tal e Globenet. O voto vista aprovado nesta quarta pelo Conselho Diretor da Anatel também exigiu a apresnetação da ata com a reestruturação societária da Globenet. 

Oi


Na teleconferência de resultados do quarto trimestre da Oi, realizada nesta quinta-feira, 05/05, o CEO da Oi, Rodrigo abreu, informou que a separação estrutural das empresas Oi e V.tal foi concluída antes da aprovaçaõ do negócio pelos órgãos reguladores. “A V.tal já é uma unidade totalmente independente da Oi”, disse, lembrando que a V.tal é estratégica para a nova Oi, uma vez que vai agregar valor aos negócios. Após a conclusão do negócio, a Oi ficará com 42,1% da V.tal, e os novos acionistas, 57,9%.

Após a aprovação, Abreu disse que a V.tal “trará mais competição ao mercado de infraestrutura e contribuirá para a expansão da fibra, permitindo a massificação da Internet, do 5G e o aumento da inclusão digital no país”. A Oi ficará com 42,1% da V.tal, e os novos acionistas, 57,9%.

O CCO da V.tal, Pedro Arakawa, diz que a aprovação da Anatel significa a conclusão de mais uma etapa do processo de alienação de controle e gestão da companhia para a Globenet e para os fundos de investimentos geridos pelo Banco BTG Pactual. Ele lembra que, desde o ano passado, a V.tal já atua como empresa pioneira de rede neutra de conectividade fim a fim do mercado brasileiro e conta com 16 milhões de casas passadas com internet de fibra ótica e tem a perspectiva de atingir 32 milhões até 2025. 

“Já temos diversas operadoras e provedores usando a nossa rede neutra e esperamos aumentar esse número de forma significativa nos próximos meses. Com essa aprovação, partimos, internamente, para o processo de fechamento do acordo para o futuro controlador, que culminará com a indicação e nomeação da nova diretoria executiva da V.tal e a segregação total da companhia. Assim, avançamos firmes com o nosso plano de investimentos de R$30 bilhões para acelerar o negócio de redes neutras no Brasil”, completa Arakawa.

 

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