Anatel corre para ampliar alerta de desastre pelo celular antes do verão
Agência diz que uso exige treino para evitar que ajuda vire caos.
Em fase piloto desde 10 de agosto, quando ficou disponível em dez municípios selecionados, o novo sistema de alerta de desastres pelo celular precisa ser ampliado antes do próximo verão a estados com problemas crônicos na estação das chuvas. Mas a complexidade do uso dificulta.
“Há consciência de que no verão temos um aumento de situações de emergência, especialmente nas regiões Sul e Sudeste. Então, a agência e os ministérios envolvidos trabalham para que seja expandido com prioridade para esses estados e antes do verão”, ressalta o superintendente de controle de obrigações da Anatel, Gustavo Borges.
Mas essa tarefa não é trivial, completa. “É uma tecnologia complexa do ponto de vista de engenharia de telecom, mas também complexa do ponto de vista da defesa civil. A defesa civil tem que fazer o uso correto dessa ferramenta, se não ela pode inclusive atrapalhar.”
“Se faz um alerta de que tem uma situação de emergência, mas não diz o que fazer, já causou um caos naquela população. A gente tem que ir adotando aos poucos, com cuidado, com treinamento, capacitação e conscientização das pessoas. Não adianta termos um afobamento e adotar de forma errada essa tecnologia. Ela veio para ajudar. A gente tem que fazer a implementação segura”, diz Borges.
Por enquanto, o sistema funciona em apenas 10 cidades do Sul e Sudeste: Roca Sales/RS; Muçum/RS; Blumenau/SC; Gaspar/SC; Morretes/PR; União da Vitória/PR; São Sebastião/SP; Cachoeiro de Itapemirim/ES; Indianópolis/MG; Petrópolis/RJ; e Angra dos Reis/RJ – definidos pela Defesa Civil pelo histórico de alertas.