Anatel oficializa opção para dividir 6GHz em 700 Mhz para 5G e 500 MHz para o Wi-fi
O Brasil apresentou um proposta para incluir como nota de rodapé a divisão da faixa de 6 GHz em dois blocos, sendo 700 MHz para o IMT (5G) e apenas 500 MHz para o uso não-licenciado (WiFi) durante a Conferência Mundial de Radiocomunicação (WRC), que acontece em Dubai.
A decisão pode parecer uma reviravolta, uma vez que a agência reguladora destinou a faixa de 6GH – 1200 MHz – exclusivamenteo para o Wi-Fi há dois anos. Mas a própria Anatel já deixou claro que se for uma decisão global, a agência reveria a sua posição para ficar em conformidade de uso de espectro.
O presidente da Anatel, Carlos Baigorri, também presidente da delegação brasileira no WRC 2023, explicou a sua decisão ao portal Teletime. “A gente está colocando essa nota de rodapé para que a gente tenha flexibilidade caso venhamos a decidir pela divisão da faixa no futuro. Não tem nada decidido mas o que percebemos durante as reuniões em Dubai é que a grande maioria dos países tem sinalizado a preferência pela divisão da faixa (de 6 GHz) entre o IMT e o uso não-licenciado. Se isso se confirmar, a gente precisa ter flexibilidade para seguir o resto do mundo, que é o que tem sido falado pela Anatel”, pontuou.
O Brasil pode usar o 6GHz como ‘jogo de xadrez’ para fazer valer a proposta colocada à mesa de usar a faixa de 10,5GHz para o 5G e sua evolução. O problema é que essa proposta esbarra na resistência dos Estados Unidos, uma vez que a faixa é usada pela OTAN na Europa.