Anatel: Teles precisam ser claras do que querem para Internet das Coisas
Espectro é um bem escasso e precisa ser direcionado para aplicações, que de fato podem trazer recursos novos ao País, como é o caso da Internet das Coisas, afirmou o superintendente de Recursos à Prestação da agência, Vinicius Caram. O executivo, ao participar do Workshop Futuras Demandas de Espectro, realizado nesta terça-feira, 08/09, no Painel Telebrasil 2020, fez uma ‘provocação’ aos prestadores de serviço de telecom. “Nós temos uma gama de espectro para SLP (Serviço Limitado Privado) que podem ser utilizadas para IoT. Mas o que o mercado quer? Quais verticais virão? É preciso que haja clareza sobre isso”, declarou.
Para o SLP já estão destinadas as faixas de 250 MHz, podendo utilizar duas portadoras de 5 + 5 MHz; de 2,3 GHz, com 10 MHz para uso preferencial do SLP; faixa de 2,485 a 2,495 MHz; e faixa de 26 GHz com 400 MHz para uso preferencial do SLP. “Com o setor sendo mais claro, poderemos correr atrás de padronização e harmonização do espectro”, observou. Há outras faixas em avaliação para SLP, como blocos nas frequências de 410 MHz, de 1,5 GHz, a de 3,5GHz, e de 4.8 GHz.
Caram também lembrou que está em fase final de avaliação a utilização dos chamados White Spaces. “Esse tema vem sendo discutido muito como TV White Spaces mas eu acho que esse conceito tem de mudar porque boa parte do espectro não vem sendo utilizado e poderia ser viabilizado para várias aplicações”, argumentou.
O superintendente da Anatel considera que a necessidade de uma base robusta de geolocalização para gerenciar esse espectro será um grande desafio para a agência e, informou ainda, que novas faixas estão em análise para uso do Serviço móvel (IMT ), já harmonizadas na última Conferência Mundial (WRC-19), como: de 1,5 GHz, de 3400 a 3600 GHz e de 4800 a 4990 GHz.
Fonte: Agência Telebrasil