Telecom

Brasil tem que avançar muito mais em fibra óptica para ter o 5G

Não dá para falar em sociedade conectada pelo 5G se não houver disponibilidade integral de fibra óptica, advertiu o presidente mundial da Furukawa, Keiichi Kobayashi, que passa essa semana no Brasil. Em encontro com a imprensa nesta quinta-feira 06/12, o executivo observou que o Japão possui 95% da sua planta com fibra óptica. Mas a maior parte dos países está muito longe.

“Os EUA têm pouco mais de 20%. O Reino Unido e a Alemanha pouco mais de 10%. O Brasil tem 5%. Há muito para difundir a fibra óptica. A sociedade do conhecimento do 5G exige uma infraestrutura FTTx (arquitetura de rede de banda larga através de fibra óptica)”, reforça o presidente mundial da Furukawa.

Para Kobayashi, 5G é a palavra-chave de todo e qualquer investimento em tecnologia e há muitas oportunidades em aberto com Inteligência Artificial e realidade virtual, entre outras. No caso da Furukawa, são sete centros de desenvolvimento trabalhando duro para definir o que o mundo terá em 2030. “Há um ano nos debruçamos sobre como será o mundo daqui a 13 anos e o material foi pensado pelos jovens. O 5G permitirá conforto, segurança e tranquilidade aos cidadãos. O 5G vai mudar a maneira que vivemos e terá a responsabilidade de não poder falhar”, atesta.

Indagado sobre se – por excesso de demanda – poderá faltar fibra óptica no mundo – o presidente mundial da Furukawa minimizou o problema. Ele lembrou que, atualmente, mais de 50% da demanda global está direcionada para a China, onde não há o requisito da melhor qualidade. Nós investimentos cerca de US$ 150 milhões no biênio 2018 a 2020 para aumentar a nossa capacidade de produção de fibras de valor agregado. Não posso dizer que não vai faltar, mas posso assegurar que nós nos preparamos para atender à evolução da tecnologia”, salientou Keiichi Kobayashi.

O Brasil, pontuou ainda o executivo, segue sendo uma das prioridades da empresa, que completou 134 anos de existência. “Sabemos que o Brasil está num momento de mudança de gestão, que podem acontecer algumas turbulências, mas isso não vai nos desviar do nosso negócio. A fábrica no Brasil está sendo ampliada, assim como, nossos negócios na indústria automobilística para a entrega dos carros conectados”, finalizou Kobayashi.


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