Telecom

Brasileiro prevê o fim do ‘baldes de dados’ e quer pagar por serviço contratado no 5G

Em relatório global, batizado de Movendo o futuro para o 5G, no qual foram ouvidos proprietários de 800 milhões de smartphones em diferentes países, sendo 72 milhões deles no Brasil, a Ericsson define as expectativas dos consumidores para o 5G.  Ao contrário do que se apregoa, os consumidores querem, sim, o 5G e o quanto antes.

A pesquisa aponta que a contratação de um serviço 5G atrai 76% dos usuários de smartphones e 44% estão dispostos a pagar para ter o 5G o quanto antes. Os consumidores esperam que a maioria dos serviços de 5G fique disponível em até quatro anos depois do lançamento comercial da tecnologia, mas mais da metade espera consumir o 5G em até dois anos após o seu lançamento.

No Brasil, a perspectiva não é diferente. O consumidor quer o 5G e está disposto a pagar para ter serviços diferenciados. Mas, na prática, o que se espera é uma mudança objetiva na relação com as operadoras. Não há, de acordo com a pesquisa, a expectativa de dados ilimitados, mas há o anseio por uma experiência mais efetiva com contratos justos e corretos. Hoje, por exemplo, apenas três entre 10 usuários estão satisfeitos com os planos que adquirem. A maior parte diz contratar serviços que não utilizam e destacam a falta de equilíbrio entre o que se compra e o que se usa efetivamente.

Sentimento comprovado pelo relatório da Ericsson. A pesquisa apura que o usuário médio de um smartphone possui 31 gigabytes de dados móveis não utilizados anualmente, o suficiente para fazer 65 horas de chamadas de vídeo, passar 517 horas em streaming de música ou assistir as seis temporadas de um programa de TV como Game of Thrones, equivalente a tanto como 1,5 terabytes ao longo da vida. Dois em cada cinco consumidores gostariam de usar esse excesso como moeda e esperam poder economizar, trocar ou entregar dados não utilizados.

“Não tivemos a preocupação de olhar o consumidor 5G de forma isolada, mas, sim, houve a intenção de descobrir as necessidades de consumidor não atendidas e que devem ser atendidas pelas teles no caminho para o 5G. Os consumidores estão exigindo mudanças que gostariam de ver já feitas agora”, detalha Jasmeet Sethi, consultor sênior do Ericsson Consumer & Industry Lab.


Mais de um terço dos entrevistados espera que o 5G ofereça mais capacidades além de velocidade, cobertura de rede e preços mais baixos. A maioria deseja baterias com vida útil maior e conectar os objetos com a conexão contratada. A conta do 5G, definem, não virá mais dos gigabytes consumidos, mas, sim, por serviço utilizado ou por dispositivo conectado, num modelo de pagar pelo que usou, já delineado na computação em nuvem.

Às operadoras, os consumidores pedem para evitar slogans de marketing sem fundamentos. Segundo os usuários, o melhor é concentrar na experiência de rede real e ter mais honestidades no marketing. O estudo aponta que apenas 4% dos entrevistados confiam nas estatísticas de publicidade e desempenho de rede das prestadoras de serviços de telecomunicações. O relatório da Ericsson, Movendo para o 5G – ouviu 800 milhões de consumidores na Argentina, Brasil, China, Egito, Finlândia, França, Alemanha, Indonésia, Irlanda, Japão, México, Coreia do Sul, Reino Unido e Estados Unidos. Clique aqui e veja o estudo completo.

*Com informações da Ericsson

Botão Voltar ao topo