Telecom

Chuva destruiu 600 mil conexões de banda larga no Rio Grande do Sul

Entidades que representam pequenos provedores de internet calculam que 600 mil conexões de banda larga fixa no Rio Grande do Sul foram destruídas pelas enchentes. Isso equivale a 30% dos acessos fornecidos por prestadores de pequeno porte no estado. 

“A estimativa é que são mais de 140 pontos de rompimentos no estado do Rio Grande do Sul. Lá, são cerca de 3,5 milhões de acessos em banda larga fixa, dos quais 1,5 milhão nas empresas grandes, 2 milhões em PPPs. E existe uma primeira estimativa de que mais de 600 mil acessos, portanto 30%, foram destruídos. Vai ter um enorme trabalho para reconstrução”, disse o presidente da Telcomp, Luiz Henrique Barbosa, durante seminário em comemoração aos 25 anos da Associação Neo. 

Nesta quarta, 8/5, o Ministério das Comunicações anunciou que recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações, FUST, poderão ser usados para recompor as redes que atendem os municípios gaúchos. “Nosso objetivo é garantir que as empresas, sejam elas grandes ou pequenas, possam restabelecer os serviços de comunicação”, afirmou o ministro Juscelino Filho. Atualmente há $ 1,7 bilhão em recursos disponíveis, operacionalizados pelo BNDES.

Segundo o subsecretário de Telecomunicações, Juliano Stanzani, na prática essa linha voltada a áreas de calamidade está pré-aprovada pelo Conselho Gestor do FUST, no sentido de que não é preciso apresentação de cada projeto junto ao órgão. Os pleitos serão diretamente ao BNDES e bancos parceiros. Os PPPs, no entanto, querem que os recursos privilegiem as empresas que tiveram redes destruídas pela chuva. 

A decisão do Conselho do FUST para destinar recursos para áreas de calamidade é muito positiva. Mas é importante que esse recurso chegue ao pequeno provedor. E tem uma questão de governança importante para que o dinheiro de reconstrução vá para quem tinha acessos de fato naquela localidade, e não servir de incentivo perverso. Essa governança tem que ser construída com os agentes financeiros, com o BNDES. E esse recurso, que em primeiro momento é reembolsável, estamos fazendo um trabalho para que sejam não reembolsáveis para toda a reconstrução do Rio Grande do Sul”, disse Barbosa. 


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