Claro, Vivo e TIM levam lotes nacionais para 5G na faixa de 3,5 GHz
Nao houve surpresa. Claro, Vivo e TIM garantiram, nessa ordem, os únicos três lotes nacionais na faixa de 3,5 GHz, considerada a fatia do espectro que é porta de entrada para o 5G. Juntas, as três empresas vão desembolsar R$ 1,1 bilhão por 80 MHz nessa faixa, em vitórias sucessivas e sem disputas.
A Claro levou o primeiro dos lotes nacionais em 3,5 GHz, com o lance de R$ 338 milhões – valor 5% acima do preço mínimo de R$ 321 milhões. A TIM, com lance de R$ 331 milhões; e a Vivo, R$ 321,3 milhões, não quiseram fazer novos bids a partir da abertura das propostas.
No lote seguinte, a Vivo fez proposta de R$ 420 milhões, valor com 30% de ágio sobre o preço mínimo (os mesmos R$ 321,3 milhões). Nesse caso, a TIM resolveu não apresentar contraproposta além de seu lance inicial de R$ 390 milhões.
Com isso, no terceiro lote da faixa nacional de 3,5 GHz, a TIM ficou sozinha. Ofereceu R$ 351 milhões e levou o espectro – ou seja, com ágio de 9% sobre o preço mínimo previsto no edital. A principal surpresa foi não aparecer nenhum interessado no quarto lote nacional de 3,5 GHz. Como resultado, a Anatel passou para a abertura das ofertas dos lotes regionais nessa faixa.
Claro, Vivo e TIM deverão levar 5G a municípios com mais de 30 mil habitantes, na densidade de uma antena para a cada 15 mil habitantes, além de rede de fibra óptica de alta capacidade para 530 municípios até 2025.
Os compromissos também incluem financiar a migração dos sistemas de antenas parabólicas, que envolve a recepção de sinal dos canais de TV aberta (TVRO) na banda C, para a banda Ku, arcar com o custo de liberação da faixa 3.625 MHz a 3.700 MHz e a implementação de redes públicas, que inclui projeto de inclusão digital na região amazônica e a rede privativa de uso exclusivo da administração federal.
Em tempo: Ainda durante o leilão, as três maiores operadoras móveis do país adquiriram mais 20 MHz nacionais cada uma na faixa de 3,5 GHz – e, portanto, vão deter 100 MHz do espectro pioneiro da quinta geração no país.