Telecom

Com forte disputa, teles investem R$ 2,39 bilhões na faixa de 2,3 GHz

Se levaram sem disputa a principal frequência do 5G, a faixa de 3,5 GHz, as principais operadoras móveis do país brigaram bastante para ficar com nacos em 2,3 GHz. Vivo, Claro e TIM aportaram, na soma, mais de R$ 2,3 bilhões, em disputas entre elas que chegaram a ter ágio de até 855%. 

Ao final, a Claro levou a melhor nos lotes relativos a fatias de 50 MHz na faixa de 2,3 GHz: a empresa ficou com São Paulo, além das regiões Norte, Sul e Centro Oeste, pelas quais ofereceu R$ 1,2 bilhão. A Brisanet ficou com o naco de 50 MHz no Nordeste, por R$ 111,3 milhões. E a Vivo, com Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, por R$ 176,4 milhões. 

Na sequência, as três maiores operadoras ainda disputaram os blocos de 40 MHz na mesma faixa de 2,3 GHz. Nesse caso, a Vivo ficou com os lotes relativos a São Paulo e as regiões Norte e Centro Oeste, pelos quais ofereceu R$ 290 milhões. A TIM levou a região Sul, por R$ 94,5 milhões e depois de muita disputa com a Claro, ficou também com Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, por R$ 450 milhões.  

Finalmente, o lote mais disputado no primeiro dia do leilão 5G foi o naco de 40 MHz na faixa de 2,3 GHz. TIM e Algar alternaram lances por 17 vezes, até que a vitória ficou com a Algar, por R4 57 milhões – ágio de 1127% sobre o preço mínimo. No total, R$ 2,33 bilhões em ofertas nessa faixa de frequência. 

A Anatel entende que a faixa de 2,3 GHz é estratégica, embora antes do leilão poucas empresas tenham indicado interesse nesse pedaço do espectro. Trata-se de uma frequência que já serve ao 4G, inclusive compatível com muitos smartphones no mercado. Além disso, especialmente quem conseguiu ficar com o naco de 50 MHz, é uma faixa com perspectivas de reuso eventual no 5G.  Anatel suspendeu o leilão e retoma a disputa, agora, na faixa de 26GHz, nesta sexta-feira, 05/11.


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