Telecom

Diferença da Oi Móvel para a Vivo em cobertura 4G chega a 324%

A manutenção da Oi Móvel está sendo feita ‘a duras penas’ porque exige capital intensivo e a Oi já definiu que os investimentos estão e serão feitos na fibra ótica, o caminho escolhido para o soerguimento da operação, afirmou o VP de Regulamentação da Oi, Carlos Eduardo Monteiro, o Cadu, ao participar de audiência pública sobre o impacto da venda da Oi Móvel à Claro, TIM e Vivo por R$ 16,5 bilhões, em processo de aprovação na Anatel e no CADE, na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara de Deputados.

“A Oi Móvel tem uma diferença de cobertura de municípios no 4G de 324% em relação à líder de mercado. Nós já tivemos 22% do mercado, hoje estamos com 16%, mas caindo. Manter uma operação móvel exige muito dinheiro”, adicionou Monteiro. Segundo ele, a aquisição da Oi Móvel por Claro, TIM e Vivo não é uma operação de compra, mas, sim, uma operação de venda da Oi para ter recursos para sair da recuperação judicial e para investir na fibra ótica.

“O nosso desenho de futuro tem de ser sustentável para a companhia. Não podíamos ficar com a Oi Móvel, como já nos desfizemos de outros ativos. A Oi vai ser uma empresa de fibra ótica”, observa ainda o VP da operadora. Carlos Eduardo Monteiro deixou claro que a Oi precisa da venda da Oi Móvel para fazer valer o seu plano de recuperação. 

Com relação aos funcionários – houve uma indagação do deputado Elias Vaz, do PSB/GO – Carlos Eduardo Monteiro disse que, hoje, a Oi conta com 11.500 colaboradores diretos, e que a operadora está promovendo o enxugamento do quadro por meio de programas de demissões voluntárias. Também disse que tão logo a venda da Oi Móvel seja concluída, uma parcela de colaboradores vai acompanhar os ativos e serão realocados na TIM, Vivo e Claro. 

A carência de infraestrutura da Oi pesa na fidelização e retenção dos clientes, pontua a Anatel. A superintendente de Competição da agência substituta, Priscilla Evangelista, lembra que mesmo com ofertas agressivas de preços- muito menores dos praticados pelos rivais- a Oi não conseguiu ganhar mercado nos últimos 18 meses e um dos fatores para essa situação é a carência do 4G. “O consumidor não quer só franquia, ele também quer cobertura e velocidade de acesso e hoje as operações da Oi estão muito baseadas no 3G ou em acordos de ran sharing com as outras teles”, adicionou a executiva.


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