Telecom

Enquanto espera Oi, TIM estuda comprar rede da Cemig

Ainda de olho em uma eventual consolidação com a Oi, a Tim já namora a possibilidade de ampliar sua rede fixa com a compra de ativos, especialmente um já à venda: a Cemig Telecom. Segundo o presidente da Tim, Stefano de Angelis, o negócio é coerente com os planos da empresa de ampliar a rede de fibras ópticas. 

“Nosso plano de negócios tem muito dinheiro colocado para construção de fibra, então porque não olhar possibilidade de comprar fibra que já foi construída pela Cemig Telecom? Temos a obrigação de olhar se as condições de venda de uma empresa que tem como principal ativo a fibra é coerente com nosso plano de negócios. E a primeira avaliação é que sim. Mas temos que ver as condições econômicas e financeiras dessa aquisição”, disse o executivo nesta quarta, 26/7, durante a apresentação dos resultados financeiros do segundo trimestre. 

Ele destacou que “o crescimento dos pequenos provedores de internet demonstra a grande oportunidade que tem o mercado, e o país, nessa demanda latente de banda larga. Então vemos uma grande oportunidade de crescimento no ramo comercial, que pode ser explorado com tecnologia móvel ou com aquisições”. 

Ele afirmou, ainda, que do ponto de vista do mercado como um todo, faz todo o sentido uma eventual consolidação entre Tim e Oi, mas que essa questão encontra-se atualmente no aguardo de uma solução favorável para a recuperação judicial da supertele. 

“A Oi é um tema mais delicado. Claro que a gente já no passado estudou integração com a Oi. É uma integração natural entre a operação da Tim e da Oi, porque tem uma grande operação fixa e uma grande operação móvel. Então tem sinergias, claro. Hoje a situação da Oi está em outra discussão, um processo de recuperação judicial onde a Tim esta interessada por motivos completamente diferentes, sendo um dos credores da Oi. Quando a situação da Oi se voltar aos aspectos comerciais e de evolução do mercado de telecom, vai ser a alavanca de qualquer análise e vamos continuar olhando para a Oi.”


A Tim registrou lucro líquido de R$ 219 milhões no segundo trimestre, quase o triplo (+194,1%) do mesmo período no ano passado (R$ 74 milhões). A receita líquida apresentou cresceu 3,2% entre abril e junho, para R$ 3,94 bilhões. O destaque aí foi para o desempenho dos serviços de dados, onde as receitas cresceram 40,9% e já representam 60% do faturamento total do segmento móvel.

Apesar da perda no número total de clientes (-4,9% em comparação com o segundo trimestre de 2016), a empresa aponta um crescimento de 15% da base de usuários pós-pagos, que já são 15,8 milhões dos 60,8 milhões de clientes no fim de junho. 

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