Fabio Faria nega pressão política pelo 5G no TCU
O ministro das Comunicações, Fabio Faria, negou qualquer interferência do governo no TCU para a aprovação rápida do edital 5G, mesmo com as críticas feitas pela área técnica da Corte. Ao responder pergunta em coletiva nesta quarta-feira, 18/08, Faria disse que o ‘5G foge de questão política e não é assunto de partido nem será implantado para beneficiar o presidente Bolsonaro em ano eleitoral’.
O ministro – ao comentar o clima pesado no TCU por conta da pressão em cima do pedido de vista do ministro, Aroldo Cedraz – disse que, como espectador, o argumento usado para reduzir o pedido de vista de 60 dias, para 30 dias e depois para sete dias foi a de que sete ministros já tinham colocado o seu voto na questão. “Houve um ministro (referindo-se ao ministro Bruno Dantas) que chegou a dizer que a Anatel poderia acelerar o edital enquanto não saia a publicação do Acórdão”, afirmou.
Para Fabio Faria, cabe ao TCU dar a segurança jurídica necessária para os investimentos. “Estamos falando de um leilão de R$ 45 bilhões. São 14 meses de trabalho das equipes do ministério e da Anatel. Não é uma questão política. Seria muito pequenez nossa levar o 5G para o país para ajudar a eleição do presidente Bolsonaro”, completou.
Com relação à rede privativa, Fabio Faria disse que essa opção está sendo usada em diversos países para separar o público do privado. A determinação de ter um único fornecedor – fato até então não colocado de forma explícita – o ministro disse que seria a melhor ação para poder ‘cobrar a responsabilidade em caso de falhas de sistema e de vazamentos. Com cinco, seis fornecedores, o governo não saberia de imediato de onde veio a falha. Com um fornecedor e uma tele, eles serão os responsáveis”, detalhou.
Assista a fala do ministro das Comunicações, Fabio Faria, sobre a reunião do TCU para a votação do edital 5G.