Telecom

Fábio Faria deixa o Ministério das Comunicações

O presidente Jair Bolsonaro exonerou, a pedido, Fábio Faria do Ministério das Comunicações. A exoneração aconteceu nesta quarta-feira, 21/12, e foi publicada no Diário Oficial da União. Não houve a nomeação de um substituto.

Fábio Faria assumiu o cargo em junho de 2020 e conduziu, com a Anatel, a licitação do 5G no Brasil. Rumores do mercado dão conta que o parlamentar – que tem mandato encerrado em 01 de fevereiro, uma vez que não se candidatou a nenhum cargo público nas últimas eleições- vai para o mercado privado e, em especial, para a Starlink, do bilionário e dono do Twitter, Elon Musk.

Faria deixou para o próximo ministro do governo Lula, a definição sobre as regras da rede privada do governo. Em setembro, foi realizada uma primeira licitação pela EAF e a Amdocs foi contratada para fazer todo o projeto.  primeira licitação estava prevista para dezembro, mas não aconteceu. A rede privada 5G do governo será paga pelas operadoras, que compraram as licenças 5G e terá a Telebras como gestora. Aliás, a estatal estava na lista de privatizações do ministro Paulo Guedes, mas não deverá mais ser vendida pelo governo Lula. 

A relação de Fábio Faria com Elon Musk, dono da Starlink, foi contestada por políticos. Em maio, em campanha à presidência, o atual presidente e derrotado nas eleições, Jair Bolsonaro, se reuniu com o bilionário, interessado em participar com a sua empresa Starlink na conexão de 19 mil escolas públicas e na monitoramento da floresta amazônica. A possível parceria desagradou parte do mercado e o agora ex-ministro foi convocado a dar explicações na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados.

Aos parlamentares, o ex-ministro das Comunicações sustentou que a Starlink seria contratada pelas operadoras Oi, Claro, Vivo e TIM, não pelo governo. “O leilão de 2012 tinha obrigação de conectar escolas e nenhuma foi conectada. O único satélite que que pode fazer essa conexão é a Starlink. Mas isso não tem nada a ver com o Ministério. Quem contrata são as empresas que ganharam o leilão, Oi, Claro, Vivo e TIM”, afirmou à época, Fabio Faria. 


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