GSMA faz ofensiva para reverter decisões a favor do Wi-Fi na faixa de 6GHz
A Associação da indústria GSMA decidiu fazer uma ofensiva para reverter as decisões favoráveis à destinação da faixa de 6GHz- com 1200 MHz – integralmente para serviços não-licenciados, como o Wi-Fi, e sem destinação ao 5G, postura já ratificada, por exemplo, aqui no Brasil e em vários países da América Latina. A GSMA admite ainda que a China está planejando usar o 6GHz para serviços licenciados e a Europa, pensa em compartilhar a faixa entre serviços não licenciados e o 5G, sem definição ainda de quantidade de espectro.
A entidade justifica a ofensiva a partir de argumentos econômicos em meio à recuperação dos países por conta da pandemia de Covid-19. O diretor de regulamentação da GSMA, John Giusti, afirma que o 5G tem potencial de impulsionar o PIB mundial em US$ 2,2 trilhões, mas precisará de espectro. “Há uma clara ameaça a esse crescimento se o espectro de 6GHz não for liberado para o 5G”, determinou o executivo.
Segundo ainda a GSMA, estimativas da Coleago Consulting dão conta que as redes 5G vão precisar de 2GHZ de espectro de banda média na próxima década para oferecer todo o seu potencial para iniciativas como cidades inteligentes e indústria 4.0.
A entidade, ligada às operadoras de telecomunicações, afirma ainda que as autoridades regulatórias precisam proteger os serviços de backhaul e, dependendo dos países, abrir parte de 5925Mhz a 6424 Mhz, com isenção de licença e regras neutras de tecnologia.