Telecom

GSMA: Uso de APIs para monetizar 5G cobre 60% dos assinantes globais

A Associação GSM (GSMA), que representa os interesses das operadoras móveis em nível global, sustenta que o desenvolvimento de APIs universais para as redes de telecomunicações, iniciativa batizada de Open Gateway, é o caminho para a monetização do 5G. 

A GSMA anunciou a iniciativa Open Gateway no Mobile World Congress Barcelona em fevereiro deste ano e o grupo lançou várias APIs padronizadas no CAMARA, um projeto de código aberto gerenciado pela Linux Foundation em colaboração com a GSMA.

Em fevereiro, a GSMA disse que o Open Gateway contava com o apoio de 21 operadoras móveis e agora esse número cresceu para 35, representando cerca de 60% de todos os assinantes.

As APIs são o caminho escolhido para reproduzir nas redes de telecomunicações uma realidade comum da internet, de forma apermitir que aplicativos de terceiros usem a rede 5G.

Segundo disse o chefe de redes da GSMA, Henry Calvert, duante o MWC Las Vegas, o objetivo do Open Gateway é facilitar  o desenvolvimento de aplicativos que funcionem em redes de múltiplas operadoras. “Queremos reduzir as complexidades que eles têm”, disse.


No evento realizado nesta semana, o 5G Future Forum, composto pela KT Corp., Verizon, Vodafone, Rogers, Telstra, America Movil e Bell Canada, trabalhou com um desenvolvedor em um aplicação holográfica. Ao usar uma API aberta, foi possível uma reunião holográfica transatlântica em tempo real conectando várias pessoas como hologramas. A reunião holográfica ocorreu em Nova York utilizando a rede 5G da Verizon; em Toronto, Canadá, utilizando a rede 5G da Bell Canada; e em Londres utilizando a rede 5G da Vodafone.
A GSMA agora está tentando educar os desenvolvedores sobre o Open Gateway, lançando seu primeiro evento DevCon aqui. O evento tem como foco mostrar aos desenvolvedores como usar APIs abertas para desenvolver novos recursos e capacidades.
Calvert disse que o Open Gateway também está trabalhando com suas operadoras parceiras para padronizar os acordos comerciais entre desenvolvedores e operadoras e criar modelos para que os termos e condições sejam os mesmos para os desenvolvedores.
“Isso não é novidade”, disse Calvert. “É assim que a indústria de TI funciona e cresce. Os desenvolvedores entendem esse ambiente.”
Calvert explicou que existem três cenários de entrada no mercado para desenvolvedores que aproveitam as vantagens das APIs de rede aberta.
O primeiro é o modelo direto em que trabalham com uma operadora para se interligar com a operadora e prestar um serviço. Calvert disse que este modelo provavelmente era adequado para grandes empresas de desenvolvimento.
O segundo modelo é o modelo de revenda que utiliza um agregador de serviços como o Vonage da Ericsson ou o Infobip. Calvert disse que com esse modelo o desenvolvedor trabalha com o agregador de serviços para obter acesso às APIs. Ele disse que a Open Gateway está trabalhando para expandir esse modelo e incluir outros agregadores de serviços em seu mix.
O terceiro modelo é através dos fornecedores de infraestrutura em nuvem e seus mercados. A Open Gateway está atualmente trabalhando com Microsoft Azure e Amazon Web Services (AWS) porque eles têm mercados onde os operadores podem publicar suas APIs e então os desenvolvedores podem acessar as APIs através do mercado.

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