Huawei sugere usar o FUST para reduzir preço do modem banda larga 5G
Com forte demanda no Oriente Médio e na Ásia, fabricante quer explorar o mercado brasileiro Sobre o custo da CPE, a caixinha de acesso residencial, considerado alto pelas operadoras, o vice-presidente da Huawei para a América Latina, Atílio Rulli, disse que tudo é uma questão de demanda. Fabricação local está no radar tão logo haja a demanda. “Já produzimos modems em Manaus. Queremos fazer as CPEs também”, sustentou.
O diretor de relações governamentais e regulatório da Huawei Brasil, Carlos Lauria, lembra que recursos do FUST poderiam ser usados para baratear o custo de produção e ampliar a demanda. “As CPEs são soluções para escolas sem acesso à Internet e para outros órgãos públicos. O 5G FWA é a melhor forma de expandir o acesso à internet de alta velocidade onde ainda não tem fibra óptica. O Governo poderia também usar outros tipos de benefícios fiscais para acelerar a produção”, sugeriu o executivo.
O 5G FWA, que já foi considerado a primeira grande aplicação pelas operadoras, foi deixado de lado por conta dos custos da CPE. A Huawei contesta. “A CPE pode estar com um preço mais alto que um modem, mas temos que lembrar que ele não exige serviço e instalação, como o modem exige. Então tem que fazer a soma total. É claro que com mais demanda, haverá competição e preços mais baixos”, observou Atílio Rulli. Hoje no Brasil quem tem produção de CPEs é a Intelbras, em parceria com a Qualcomm.
*Ana Paula Lobo viajou a Barcelona a convite da Huawei do Brasil