IBGE: Com telefonia em queda e dados em alta, TI dispara e telecom despenca
Enquanto fatia da TI na receita cresceu para 10,2%, telecom caiu para 6,7%
O segmento de informação e comunicação, que em 2013 era predominante na receita bruta de serviços de 14 unidades da federação, em 2022 não respondia pela maior fatia dessa receita em nenhuma delas. Isso se deve, principalmente, à perda de participação da atividade de telecomunicações – especialmente por conta da telefonia.
O mercado de ‘dados’, vai muito bem. O IBGE indica que entre as 34 atividades desagregadas, o maior ganho de participação nesses dez anos foi de Tecnologia de informação, que também faz parte dos serviços de informação e comunicação.
Nas contas da Pesquisa Anual de Serviços 2022, divulgada nesta quarta, 28/7, nos 10 anos entre 2013 e 2022, enquanto a fatia da TI na receita total gerada pelas empresas de serviços não financeiros passou de 6,8% para 10,2%, a de telecom caiu de 13,4%para 6,7%.
“Entre 2013 e 2022, a atividade de Telecomunicações foi a que teve maior redução de participação (6,7 p.p.), caindo da primeira para a quinta maior atividade em receita operacional líquida. Tecnologia de informação foi a com maior aumento de participação, com incremento de 3,4 p.p”, diz a pesquisa do IBGE.
Em 2022, as empresas prestadoras de serviços não financeiros ativas no país totalizaram 1,6 milhão. Elas ocupavam 14,2 milhões de pessoas, o maior contingente da série histórica da Pesquisa Anual de Serviços (PAS).
No caso específico dos serviços de informação e comunicação, a receita operacional líquida somou R$ 527,1 bilhões, com 1,3 milhão de ocupados e R$ 96,7 bilhões em remuneração.
Nesse cenário, a TI se mantém como o setor de serviços com os melhores salários do país, em média. Em 2022, o setor de Serviços pagou, em média, 2,3 salários mínimos mensais, enquanto nos serviços de informação e comunicação, o valor é mais do que o dobro da média, 4,8 s.m.