IDC: Empresas brasileiras fazem mais do que falam sobre Internet das Coisas
Ainda que à espera do Plano Nacional de Internet das Coisas – que deveria ter saído no final do ano passado – a expectativa é que o ecossistema de IoT movimente US$ 9 bilhões no Brasil, ou algo em torno de R$ 30 bilhões e cresça acima de 20% ao ano até 2022. Os números foram apresentados por Pietro Delai, gerente de consultoria e pesquisa da IDC, durante a apresentação para a imprensa do IDC Predictions Brazil, estudo realizado anualmente pela consultoria e que aponta as principais tendências para o ano.
“As empresas não usam o termo, mas estão fazendo mais que falando de internet das coisas”, explicou Delai ao justificar as previsões. Segundo ele os projetos surgindo e muitos já em andamento no País, com destaque para o setor de agronegócio. Globalmente, o mercado de IoT deve atingir US$ 745 bilhões em 2019 e passar a marca de US$ 1 trilhão em 2022, impulsionado pelos setores de manufatura e consumo.
No Brasil, Delai ressaltou que MVNOs estão sendo criadas para atender à demanda de IoT, que há evolução rápida dos sistemas prediais (BMS, de building management system) para incorporar internet das coisas e com protocolos mais abertos e equipamentos mais integráveis. Segundo ainda a IDC, 44% dos gestores brasileiros de TI afirmam reconhecer pelo menos um projeto de IoT implementado.
“IoT está, efetivamente, acontecendo, mas muita gente ainda enxerga IoT como telecom, como conectividade, mas dá para fazer com cabo. Tem muito projeto que não depende de 3G ou 4G e, por outro lado, há projeto que não vai existir sem baixa latência e não virá antes do 5G”, concluiu o gerente da IDC.