Internet das Coisas: um mercado de R$ 10 bilhões em 2021
O mercado de Internet das Coisas deve alançar receitas de US$ 3,29 bilhões, ou R$ 10 bilhões, em 2021, segundo dados divulgados no estudo “O Mercado industrial brasileiro de Internet das Coisas, Cenário para 2021”, realizado pela Frost &Sullivan. No ano passado, no Brasil, o mercado de IoT no Brasil atingiu uma receita de US$ 1.346,2 milhões, ou R$ 4,3 milhões, sendo a indústria automotiva e as manufaturas verticais as mais relevantes.
“A indústria automobilística espera gastar mais em IoT nos próximos dois anos. A logística e o transporte no Brasil são principalmente baseadas em rodovias por causa da limitada rede ferroviária; roubos de veículos e cargas são a principal preocupação. Empresas de diversos segmentos esperam ter perspectivas melhores em 2017 e retomar suas iniciativas de investimento em tecnologia”, destaca o gerente do programa de mobilidade da Frost & Sullivan, Yeswant Abhimanyu. O especialista ressalta que há oportunidades significativas em mercados como Smart Cities, Utilities, Agricultura e Saúde.
O levantamento aponta que a indústria automobilística e de manufatura estarão maduras em 2021, e a expectativa é que a da Saúde tenha as mais altas taxas de crescimento anualcomposta (na sigla em inglês CAGRs), gerando uma trilha reversa em outros mercados, começando por negócios B2C, e então envolvendo empresas.
No Brasil, devido à grande regulamentação do mercado de Saúde no Brasil, com várias questões sobre a confidencialidade e segurança dos dados, a adoção pelas instituições de saúde será uma longa jornada. “Tecnologias voltadas aos pacientes são mais fáceis de serem adotadas, como serviços móveis, apps e dispositivos, que levarão o mercado de saúde B2C a atingir a soma de US$610 milhões em 2020”, completa a Gerente de Pesquisas em Saúde Transformacional da Frost & Sullivan, Rita Ragazzi.
Segundo ainda a consultoria, o ecossistema de IoT no Brasil ainda é fragmentado. Há desafios para ampliar a capacidade de consultoria e a integração para que as empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação ofereçam soluções ponta-a-ponta em IoT. “Novos modelos de negócios evoluem rapidamente em diferentes mercados no Brasil tanto por meio de empresas estabelecidas, como por meio das startups, o que gera um cenário positivo para inovação e co-inovação de soluções para necessidades especificas do País”, completa o Diretor de Pesquisa e Consultoria em Transformação Digital da Frost & Sullivan para América Latina, Renato Pasquini.
A Frost & Sullivan define IoT como objetos de uso cotidiano — de veículos a equipamentos para cafeterias em hotéis — que são conectados à Internet e que podem estar conectados uns aos outros. A pesquisa exclui IoT e objetos que exigem interface humana. A estimativa de receita se refere a hardware (módulo de conectividade e outros componentes), software e serviços diretamente ligados a soluções IoT.