Justiça do Distrito Federal condena Sky por desrespeitar pedidos de cancelamento de serviço
A 2ª Vara Cível do Distrito Federal condenou a Sky por práticas abusivas e proibiu a empresa de fazer cobranças após o recebimento, por qualquer meio, do pedido de cancelamento do serviço. De acordo com a sentença, “tal postura empresarial está revestida de significativa gravidade, porquanto visa coagir os consumidores com supostas cobranças de débitos inexistentes e também de ludibriá-los ao permitir a continuidade de disponibilização do sinal de televisão aos assinantes, mesmo após o pedido de cancelamento do serviço, a fim de justificar as cobranças indevidas, a título de ‘reativação de assinatura’”.
A empresa também deverá retirar os equipamentos de transmissão em, no máximo, 30 dias, de quem já cancelou a assinatura. Será ainda obrigada a ressarcir em dobro o valor pago pelo assinante após o pedido de cancelamento. Em 2015, a 1ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor (Prodecon) do Ministério Público do DF ajuizou ação civil pública contra a Sky devido à prática rotineira da empresa de fazer cobranças indevidas de consumidores que pediram o cancelamento dos contratos.
Também foi constatada a conduta abusiva de postergar, além dos limites da razoabilidade, os procedimentos para encerramento contratual e retirada dos equipamentos do serviço de TV por assinatura. Após as investigações, foram constatadas mais de 2 mil reclamações registradas no Procon-DF contra a empresa nos três anos anteriores pelas práticas citadas. A Prodecon propôs a assinatura de um termo de ajustamento de conduta (TAC), mas a empresa recusou o acordo e argumentou que os problemas eram pontuais.
Com informações da Assessoria de Imprensa do MP-DF.